qua, 24 abril 2024

Resenha | A Playlist de Hayden, de Michelle Falkoff

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O bullying pode está presente em qualquer lugar, principalmente nas escolas. E não podemos deixar esse assunto de lado e deixá-lo resolver-se sozinho. Em A Playlist de Hayden, livro de estreia da Michelle Falkoff, apresenta o bullying de forma mais dramática e desafiadora, tratando de um tema pesado como o suicídio.

Prontos para essa trama?

TÍTULO: A Playlist de Hayden
TÍTULO ORIGINAL: Playlist of Dead
AUTORA: Michelle Falkoff
EDITORA: Novo Conceito
ANO: 2015
PÁGINAS: 285

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SINOPSE: “Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola, o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava. A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil.”

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Depara-se com o seu melhor amigo morto não é uma experiência muito boa, não é mesmo? Pois bem, o Sam passou por essa experiência triste e pesada, que  tornou o livro um pouco “gótico suave”. Além disso, o leitor depara-se com o bullying sofrido pelo Hayden, que foi um dos motivos do seu suicídio. Um ótimo livro para ser trabalhado nas escolas, porém a única originalidade da trama da Michelle Falkoff foi a “playlist” contendo músicas que tentam explicar o motivo do suicídio do melhor amigo de Sam.

“Bem, às vezes a vida é injusta.”

Não é de hoje que o famoso bullying é tratado em livros, filmes e séries. Se você conhece a série “Todo Mundo Odeia O Chris”, assistiu à muitas cenas de bullying sofridas pelo Chris, interpretado pelo Tyler James William. Pois bem, sempre os “diferentes” ou os “nerds”  são as  principais vítimas dos populares do colégio, que são os agressores. Em “A Playlist de Hayden” não é diferente. Há os “geeks”, que são o Sam e o Hayden, e os populares e jogadores de futebol, que são a “Trifeta do Bullying”, apelido dado pelo Sam para o grupo do Ryan, irmão do Hayden. Mesmo com o suicídio envolvendo a trama, o livro não deixou de ser clichê.

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A trama torna-se bastante envolvente quando o Sam começa a ouvir a playlist deixada pelo Hayden, pois o leitor fica interessado em saber o motivo da morte do garoto. Porém, a história se tornou um pouco cansativa, os personagens principais, especialmente o Sam, não são cativantes e muitos fatos já eram previsíveis. A única personagem interessante é a Astrid, que sempre está de bem com a vida e dando sorrisos, levantando o astral do romance publicado pela Novo Conceito.

“Não importa quão boas sejam suas ideias se você não consegue passá-las para os seus leitores.”

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Como já citei, a originalidade do livro está na playlist de Hayden, pois em cada capítulo nos deparamos com uma música dessa playlist. Músicas essas, de bandas e cantores bastante conhecidos, como Linkin Park, Florence and The Machine e Nirvana. Além de termos a possibilidade de ouvirmos as músicas, conhecemos novos artistas. No entanto, senti falta de estilos como o pop e o pop\rock, e bem que a autora poderia ter colocado músicas do álbum “Let Go”, da Avril Lavigne, uma trilha sonora perfeita para a trama.

“Muitas pessoas querem ser invísiveis. Talvez elas até pensem que podem fingir que são. Mas sempre alguém as vê.”
 

Mesmo tratando um tema bastante debatido, mas que não deve ser deixado de lado, “A Playlist de Hayden” mostra o que uma vítima de bullying pode levar a fazer, entre eles o suicídio. Esse tema um pouco pesado, tornou a trama sincera e um verdadeiro alerta para àqueles que pensam que apelidos e empurrões são apenas brincadeiras. Brincadeiras de muito mau gosto, aliás. No entanto, para quem procura algo à mais, a trama não conseguiu mostrar nada além disso, fora as músicas presentes. O desfecho já era previsível e não surpreendeu. A escrita envolvente da Michelle é um ótimo motivo para trabalhar o livro em sala de aula, servindo de alerta sobre as consequências dessas “brincadeiras”, que na verdade chama-se bullying.

[s3r star=3/5]

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Um nerd que ama ler e escrever coisas, se acha o fotógrafo e sonha em se tornar um jornalista. Enquanto espera o correio entregar sua carta de Hogwarts, posta coisas legais em seu ig de livros: @BrasilLeitor