
Arisu e Usagi estão casados e no mundo real, mas suas lembranças de Borderland surgem em alucinações. Quando Usagi desaparece após encontrar Ryuji, um pesquisador obcecado pela vida após a morte, Arisu é forçado a retornar a Borderland com Banda entregando a última carta: o Coringa. Juntos com novos e antigos jogadores, Arisu deve enfrentar os jogos mais brutais e imprevisíveis para resgatar Usagi e sobreviver ao desafio final da última carta.
A 3ª temporada de Alice in Borderland é uma produção totalmente original e tem o intuito de responder os mistérios que ficaram em aberto nas temporadas anteriores. Mas isso era realmente necessário? Um dos maiores trunfos desta produção baseada em um mangá de mesmo nome sempre foi deixar certas interpretações para que o público o fizesse. Ao por todos os pingos nos i’s e elucidar o que é aquele mundo e a razão dos jogos a produção dirigida por Shinsuke Sato (Kingudamu) e escrita por Yasuko Kuramitsu (mesma roteirista das temporadas anteriores) perde bastante do seu maior atrativo: o mistério. Tirando isso, o que sobre é relevante? Não muito.

Os jogos são o grande destaque da nova temporada. Absurdos, perigosos e repletos de tensão, os jogos da nova temporada são surreais, o CGI usado para criar os ambientes e as armadilhas são muito bem feitos e deixam muitos filmes do gênero para trás. Mas existe um incômodo, os participantes. Se nas temporadas anteriores, os personagens secundários tinham espaço para brilhar e conseguiam se mostrar úteis para vencer os jogos, aqui tempos personagens cativantes, mas que dependem demais dos protagonistas para conseguir prosseguir no show e com isso tem pouco espaço para mostrar sua importância.
Além disso, a temporada conta com apenas seis episódios e todas as situações surgem de modo corrido e forçado. O arco de Usagi, personagem vivida por Tao Tsuchiya (Orange) focado no luto pela morte do seu pai, surge apenas nos momentos que a narrativa precisa falar que isso é algo que a assombra e a personagem acaba sendo desperdiçada. O grande destaque acaba sendo Kento Yamazaki (Death Note) que carrega a trama nas costas.
A 3ª temporada de Alice in Borderland é decepcionante, desnecessária e estrega o final perfeito visto no segundo ano. Por fim, a produção deve ganhar uma versão americana que irá rebootar ou dar sequência aos fatos que vimos na versão sul-coreana, mostrando que a Netflix irá realmente investir em versões americanas de seus grandes sucessos.