qua, 16 julho 2025

Geraldo Sarno no IX FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCEDÊNCIA

Publicidade
Com alta demanda de público, a nona edição do FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA entra na sua última semana no CCBB SP apresentando uma programação gratuita com documentários que se destacaram nas últimas edições e a Mostra Brasil Profundo, esta uma seleção de produções nacionais que trazem um Brasil desconhecido por muitos de nós – o sertão mitológico, poético, indígena, africano, encoberto por lendas, festejos e cordéis.Exclusivamente na quinta-feira, dia 13 de abril, o realizador Geraldo Sarno (1938 – 2022) contará com um espaço na programação reservado para a celebração de sua memória. A iniciativa partiu de André Luiz Oliveira e Carina Bini, responsáveis pela curadoria do Festival. Às 15h, será exibido um conjunto com os curtas-metragens “Vitalino”, “Padre Cícero”, “Jornal do Sertão” e “É Dois de Julho”. Já às 16h30, o público poderá prestigiar a projeção de “Sertânia”, obra de ficção marcada por ser a última dirigida por Sarno. Lançado comercialmente durante o período mais conturbado da pandemia de COVID-19, “Sertânia” foi eleito por críticos como o grande lançamento brasileiro de 2020 e tem agora uma nova chance de se conectar ao público por meio do IX FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA.Patrocinado pelo Banco do Brasil, este é o único festival de cinema no Brasil que investiga a subjetividade dos caminhos da consciência e do autodesenvolvimento através da arte cinematográfica. A seleção que será apresentada, traz ao público nacional a possibilidade de assistir a filmes cinematograficamente ímpares como também o acesso à aprendizagem e descobertas.“O que nos nutre é a possibilidade de promover a relação do cinema como arte mediadora entre o sentido estético e a experiência introspectiva de autoconhecimento”, diz o curador André Luiz Oliveira.Desde sua criação em 2013, o Festival sempre reuniu documentários e ficções que estão em diálogo com a espiritualidade e autodescoberta, além de levar ao público questões pertinentes sobre o presente e as possibilidades de transformação pessoal.Contando com uma filmografia variada, o evento permite que seu público repense sua própria trajetória e descubra novos caminhos. Para isso, combina a arte cinematográfica com outras manifestações, como música e meditação.Em 2020 e 2021, devido às restrições impostas pela pandemia de COVID-19, o FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA teve edições totalmente online e gratuitas, que atingiram 60 mil pessoas no Brasil e no exterior com exibição de filmes, lives com os diretores e apresentações musicais. Além disso, foi realizada uma live com Alejandro Jodorowsky, considerado o “patrono” do festival por apresentar uma filmografia que dialoga com os processos de transformação pessoal do diretor. Todo este material está disponível em seu canal do Youtube (https://www.youtube.com/@FestivalCinemaTranscendencia).
PROGRAMAÇÃO CCBB SP
Disponível também no site bb.com.br/cultura
12 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA
15h – Sessão O Cangaceiro, Ficção e Realidade. Exibição dos filmes “Porta de Fogo” e “José de Julião: Muito Além do Cangaço”“Porta de Fogo”, de Edgard Navarro. Brasil, 1982. Ficção. 21 min. 18 anos.
À luz da literatura de cordel, o filme inventa encontro entre Lamarca e Lampião, numa celebração entre dois homens em delírio no transe final. O sol de parte, a terra trema, o visível se nega e a última batalha não se trava, metáfora de transcendência: uma fenda se abre no céu, entre dois mundos. “José de Julião – Muito além do Cangaço”, de Hermanno Penna. Brasil, 2016. Documentário. 72 min. 12 anos. Zé de Julião era um homem complexo. Sendo um jovem muito rico, ele decidiu se tornar cangaceiro aos 30 anos, e logo após se tornou um grande empreiteiro e líder político respeitado em Sergipe. Por conta de suas posições e opiniões incisivas, entrou em confronto com diversos coronéis da região, o que colocou um ponto final em sua trajetória 17h – “Dominguinhos”, de Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro. Brasil, 2014. Documentário. 84 min. Livre. A vida e a obra de Dominguinhos (1941-2013), um dos maiores mestres da música brasileira, intercalando imagens de arquivo e passagens de shows, com encontros musicais exclusivos. O filme tem a participação de artistas renomados, parceiros da vida de Dominguinhos, como Gilberto Gil, Gal Costa, Hermeto Pascoal, Nara Leão, Djavan, Luiz Gonzaga, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda, entre outros. Um retrato do sanfoneiro, cantor e compositor e uma homenagem ao autor de sucessos como “Eu Só Quero um Xodó”, “Gostoso Demais”, “De Volta Pro Aconchego” e “Lamento Sertanejo”. 13 DE ABRIL – QUINTA-FEIRA15h – Homenagem a Geraldo Sarno: Sessão de Curtas O Caboclo e o Brasil Profundo. Exibição dos filmes “Vitalino”, “Padre Cícero”, “Jornal do Sertão” e “É Dois de Julho”.“Vitalino”, de Geraldo Sarno. Brasil, 1967. Documentário. 9 min. 12 anos.Este curta-metragem documenta o trabalho de criação manual de uma estatueta em barro do cangaceiro Lampião, feita em Caruaru, Pernambuco, pelo artesão Manuel Vitalino dos Santos, filho de Mestre Vitalino, célebre artesão do Nordeste brasileiro. Em contraste com a crise das formas tradicionais de produção do artesanato popular, o mito de Lampião sobrevive no trabalho criativo e artesanal de Vitalino, assim como nos versos improvisados do cantador Severino Pinto. “Padre Cícero”, de Geraldo Sarno. Brasil, 1972. Documentário. 10 min. Livre.  Este curta-metragem sobre padre Cícero Romão Baptista (1844-1934), histórico líder religioso e político do Vale do Cariri, Ceará, contrapõe imagens da região no final da década de 1960 com imagens filmadas por Alexandre Wulfes em 1925, que mostram padre Cícero sendo aclamado em Juazeiro do Norte. “Jornal do Sertão”, de Geraldo Sarno. Brasil, 1967. Documentário. 13 min. Livre.Criada nos improvisos dos cantadores ou escrita para ser cantada nas feiras e fazendas, a literatura popular em versos é o jornal mais lido do sertão. Este curta-metragem documenta essa literatura cantada nas feiras de Caruaru, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Crato. Desse modo, o filme revela a força cultural da literatura popular em versos como expressão do pensamento e da cultura do sertão.  “É 2 de Julho”, de André Luiz Oliveira. Brasil, 1979. Documentário. 12 min. Livre Curta que mostra a grande festa cívica baiana do “Caboclo e da Cabocla” que comemora a guerra de independência do Brasil na Bahia com a expulsão definitiva dos portugueses. Filmado em 1979, sua cópia “perdida” foi resgatada recentemente e terá exibição inédita nesta edição do Festival.  16h30Homenagem a Geraldo Sarno:Sertânia”. Brasil, 2020. 97 min. Ficção. 12 anos.
Último filme dirigido por Sarno. Antão é ferido, preso e morto quando o bando de Jesuíno invade a cidade de Sertânia. A mente febril e delirante de Antão rememora todos os acontecimentos.14 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA14h – “Agostinho da Silva: Um Pensamento Vivo”, de João Rodrigo Mattos. Brasil, 2006. Documentário. 95 min. Livre.
Marcado pelo gosto do paradoxo, pela independência e inconformismo das ideias e por invulgares dons de comunicação oral e escrita, a figura ímpar de Agostinho da Silva desenha-se num singular misto de sábio, visionário e homem comum, no qual o pensamento e a vida se confundem. Este filme, percorre o trajeto biográfico, a vida e a obra deste grande pensador e humanista luso-brasileiro.16h45 – Atividade cultural – Sala de cinema
Concerto A Mensagem de Fernando Pessoa, com André Luiz Oliveira (violão) seguido de bate-papo sobre os bastidores do processo criativo, com os diretores do filme “Mito e Música: A Mensagem de Fernando Pessoa”, André Luiz Oliveira e Rama de Oliveira.
17h45 – “Mito e Música: A Mensagem de Fernando Pessoa”, de Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira. Brasil, 2018. Documentário. 92 min. Livre.
O grande poeta português Fernando Pessoa passou 22 anos da sua vida (de 1912 a 1934) escrevendo, entre outros textos, os 44 poemas da “Mensagem”, único livro que publicou em vida. André Luiz Oliveira levou 30 anos (de 1985 a 2015) para concluir a gravação das 44 músicas de cada poema do livro. 15 DE ABRIL – SÁBADO 13h – “José de Julião – Muito Além do Cangaço”, de Hermanno Penna (2016, 72min). 18 anos. (Homenagem Hermano Penna)14h30 – “Nhô Caboclo e o Elo Perdido”, de Hermanno Penna. Brasil, 2002. Documentário. 55 min. Livre. (Homenagem Hermano Penna)
Por meio da obra do artista plástico Nhô Caboclo, o documentário investiga o encontro entre negros e indígenas. Para isso, ele embarca em uma viagem pelas diferentes manifestações culturais nascidas nas matas, nas aldeias e quilombos, longe dos olhos dos brancos, intercalando os depoimentos de historiadores, pajés, pais de santo, pessoas que conviveram com o artista Manuel Fontoura, antropólogos como Joel Rufino dos Santos, Lélia Coelho Frota, Olympio Serra, Renato Athias, Ordep Serra e Muniz Sodré. 15h30 – Atividade cultural – Sala de Cinema
Bate-papo com o diretor Hermanno Penna e o curador do Festival, André Luiz Oliveira
16 DE ABRIL – DOMINGO14h30 – “Cavalgada à Pedra do Reino: Missão e Festa de Ariano Suassuna”, de Inez Viana. Brasil, 2022. Documentário. 23 min. Livre.
O curta que faz um recorte inédito da festa popular “Cavalgada à Pedra do Reino”, e conta com depoimentos raros de Ariano Suassuna que explica como a história de seu livro estimulou a existência desta festa popular.16h – “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha. Brasil, 1969. Ficção. 95 min. 14 anos.
Antônio das Mortes é um antigo matador de cangaceiros que é contratado por um coronel para matar um beato agitador. Ele confronta sua vítima, mas decide poupar sua vida. Mais tarde, ele resolve apoiar a causa do povo contra os desmandos do coronel.
Patrocínio: Banco do Brasil
Idealização: André Luiz Oliveira
Curadoria: André Luiz Oliveira e Carina Bini
Direção Geral: Carina Bini
Produção Executiva: Sueli Navarro
Produção: Tantri Arte
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
festivalcinemaetranscendencia.com
@cinema.transcedencia
Publicidade
Publicidade

Destaque

Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]