1. PREMIÈRE BRASIL: COMPETITIVA LONGAS – FICÇÃO
“O Mensageiro”
Por Lúcia Murat
Depois de receber uma homenagem com gala no Festival de Lima, no Peru, “O Mensageiro”, longa dirigido pela premiada diretora Lúcia Murat, terá sua estreia nacional na Première Brasil do Festival do Rio. A trama do filme se passa durante a ditadura no Brasil, em 1969, e narra a história de um soldado que aceita levar uma mensagem de uma presa política para sua família.
Com produção da Taiga Filmes, coprodução do Canal Brasil e do Telecine, e distribuição da Imovision, “O Mensageiro” foi realizado através do Edital de Cultura de Niterói de 2020, se destacando como o único longa-metragem premiado pelo edital daquele ano. O filme também recebeu o prêmio de melhor roteiro pelo júri internacional no Festival de Guiões de 2021, em Portugal. Em 2022, foi selecionado para apoio no mercado internacional do Projeto Paradiso e, no Guadalajara Constrye, levou o prêmio de pós-produção do WIP.
Sinopse:
Vera, presa numa fortaleza militar durante a ditadura, em 1969, conhece um soldado, Armando, que, diante da tortura, decide levar uma mensagem para a família de Vera. Assim, ele estabelece uma relação afetiva com D. Maria, mãe de Vera. Apesar dos horrores do tempo, o filme trabalha sobre a possibilidade de um diálogo entre duas pessoas solitárias e perdidas, uma senhora de alta classe média e um jovem de origem rural que veio do sul para servir o exército. Hoje, Vera, aos 70, é professora na universidade e debate com seus alunos sobre política, perdão e Hannah Arendt.
Sobre a diretora LÚCIA MURAT
Diretora (Rio de Janeiro – Brasil). Seu primeiro longa-metragem, o semidocumentário “Que Bom te ver Viva” (1989), estreou no festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos, ganhando o prêmio de melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989. Com “Doces Poderes” (1995), estreou no festival de Sundance e no festival de Berlim. Em 2000, lançou “Brava Gente Brasileira” e, em 2004, “Quase Dois Irmãos”, que lhe rendeu inúmeros prêmios, entre eles os de melhor direção e melhor filme Latino-Americano pela Fipresci no Festival Do Rio 2004, e melhor filme no festival de Mar del Plata 2005. No Festival do Rio de 2005 estreou o documentário “O Olhar Estrangeiro” e, na edição de 2007, “Maré, nossa história de amor”, uma coprodução Brasil-França, também exibido no Festival de Berlim. Em 2010 filmou o documentário/ensaio “Uma Longa Viagem”, grande vencedor do Festival de Gramado e, em 2013, lançou o filme “A Memória Que Me Contam”, vencedor do prêmio da crítica internacional no festival internacional de Moscou. Em 2015 lançou o documentário “A Nação Que Não Esperou Por Deus” e, no mesmo ano, o filme “Em Três Atos”, uma coprodução francesa. Em 2017, ganhou no Festival do Rio os prêmios de melhor direção e melhor atriz com “Praça Paris”, que teve inúmeros prêmios internacionais, inclusive o de melhor filme da crítica internacional. Em 2021 lançou seu mais novo trabalho: “Ana. Sem Título”, filmado em Cuba, México, Chile, Argentina e Brasil. Em 2023 vai lançar o longa-metragem de ficção “O Mensageiro”.
Aspas da diretora:
“A importância de ‘O mensageiro está na atualidade do que propõe. Apesar de ser um filme de época, discute questões contemporâneas, como polarização e justiça. E também mostra que mesmo no meio do horror existem seres humanos que se sensibilizam e se abrem para mudanças. Além disso, através do personagem de Armando, o soldado que aceita levar a mensagem, o filme traz também a discussão sobre o impacto da violência para quem a vivenciou de perto, questionando se quem vivencia essas situações consegue escapar da perversidade e mudar de atitudes. A importância do filme também é justificada pelo recente momento em que o Brasil viveu no qual se tentou reescrever a história e negar a existência da ditadura militar. Portanto, um filme que discuta essa reescrita e o apagamento de fatos históricos desses tempos sombrios é essencial. Ao mesmo tempo, ‘O Mensageiro’ é um filme que trabalha uma questão muito contemporânea que é a polarização e a possibilidade de diálogo. Por isso acreditamos que o filme deve ter uma repercussão que não se limita ao Brasil, podendo atingir vários países e públicos.
Ao final, a personagem da professora Vera quer conversar com seus alunos sobre Hannah Arendt, a filósofa que viveu os horrores do nazismo, e que assistiu e escreveu sobre o julgamento e a condenação, em Tel Aviv, do alemão Adolf Eichmmann, membro da SS nazista e um dos principais organizadores do Holocausto. Vera reforça com seus alunos que Arendt não deixou de concordar com sua condenação, mas quis aprofundar a questão da banalidade do mal em que todo o povo alemão estava envolvido porque foi cúmplice do nazismo. Vera reforça que essa reflexão não significa que não existam culpados que devem ser julgados e, nesse sentido, o filme também nos lembra que no Brasil, até hoje, 38 anos após o fim da ditadura, nenhum torturador foi levado a julgamento. Na verdade, esse é um filme de época que se passa em 1969. Mas as questões que ele traz são no meu entender questões do Brasil atual. Por isso quis fazer esse filme.”
Elenco principal:
Georgette Fadel
Valentina Herszage
Shico Menegat
Floriano Peixoto
Higor Campagnaro
Ficha técnica:
Direção: Lúcia Murat
Roteiro: Lúcia Murat e Tunico Amancio
Produção: Felicitas Raffo e Lúcia Murat
Direção De Fotografia: Jacob Solitenick, Abc
Produção Executiva: Branca Murat, Irene Calado, Julia Levy, Pamela Livia Delgado
Montagem: Mair Tavares E Marih Oliveira
Diretora De Produção: Luciana Motta
Preparadora De Elenco: Amanda Gabriel
Diretor De Arte: Andre Weller
Figurinista: Preta Marques
Trilha Sonora: Ezequiel Menalled
Técnico De Som: Roberto Oliveira
Edição De Som: Simone Petrillo
Mixagem: Diego Martinez (Asa)
“Sem Coração”
Por Nara Normande e Tião
Logo após a estreia mundial, dia 5 de setembro, no 80º Festival Internacional de Cinema de Veneza, o longa “Sem Coração” terá sua estreia nacional na Première Brasil do Festival do Rio. Em Veneza, o filme fez parte da seleção oficial da Mostra Competitiva Orizzonti. O longa-metragem é uma coprodução Brasil-França-Itália; dirigido e escrito por Nara Normande e Tião; produzido por Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho (Cinemascópio), Justin Pechberty, Damien Megherbi (Les Valseurs), Nadia Trevisan e Alberto Fasulo (Nefertiti Film), e coproduzido e distribuído pela Vitrine Filmes. O filme foi rodado em locações no litoral de Alagoas, entre setembro e outubro de 2022 e foi finalizado no Brasil, na Itália e na França. Entre o elenco, estão Maya de Vicq (Tamara), Eduarda Samara (Sem Coração) e Alaylson (Emanuel Galego), além da participação de Maeve Jinkings (Fátima).
Sinopse:
Verão de 1996, litoral de Alagoas. Tamara está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Um dia, ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa.
Aspas dos diretores e da produtora:
“A jornada da protagonista Tamara (Maya de Vicq) é inspirada em algumas memórias da minha infância e adolescência passadas no litoral alagoano, lugar onde cresci e de grande inspiração para meus trabalhos. Nunca estive no Festival do Rio e estou muito ansiosa pela estreia brasileira em um festival tão importante para o cinema nacional. É um reconhecimento muito importante ao trabalho dessa equipe.”, comenta a diretora Nara Normande.
“Fico muito feliz de já passar o filme no Brasil um mês depois da estreia internacional, e de encontrar grande parte da equipe que não vai poder estar em Veneza”, vibra o diretor Tião.
Emilie Lesclaux, produtora do longa, comentou sobre a parceria com os diretores e ressaltou o novo capítulo do trabalho conjunto ao lado da dupla:
“Trabalhei com Nara e Tião no início da nossa trajetória, nos curtas-metragens ‘Muro’ e ‘Sem Coração’, filmes que estrearam no Festival de Cannes e que tiveram carreiras exemplares no Cinema Brasileiro. Agora é muito bonito expandir essa história e apresentar o longa ‘Sem Coração’ no Festival de Veneza, com os diretores e eu mesma em estágios mais desenvolvidos dos nossos trabalhos”.
“Tenho muitas lembranças incríveis do Festival do Rio, como cinéfila e com os filmes que já apresentei lá, de ‘Crítico’ a ‘O Som ao Redor’, que ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de 2012, e ‘Permanência’. Vai ser emocionante exibir ‘Sem Coração’ para um público brasileiro pela primeira vz e com a nossa equipe”, aponta a produtora.
Sobre os diretores NARA NORMANDE e TIÃO
Nara Normande (1986) é alagoana. Morou 20 anos no Recife, onde desenvolveu seus primeiros trabalhos no cinema. Em 2014, dirigiu com Tião a ficção com atores “Sem Coração”, curta ganhador do prêmio Illy na Quinzena dos Realizadores em Cannes. Em 2018, o documentário animado em técnicas mistas “Guaxuma”, coprodução com a França, ganhou mais de 70 prêmios em prestigiosos festivais como SXSW, Guadalajara, Ottawa AIFF e Brasília. “Sem Coração”, codirigido por Tião, é seu primeiro longa-metragem.
Filmografia: Sem Coração, 92 min, 2023; Guaxuma, 14 min, 2018; Sem Coração, 25 min, 2014 e Dia Estrelado, 19 min, 2011.
Tião nasceu em Recife. Em 2008, seu filme “Muro” recebeu o prêmio Un Regard Neuf de melhor curta-metragem na Quinzena dos Realizadores de Cannes. Seu filme Animal Político (2016) estreou no Festival de Roterdã em 2016.
Filmografia: Sem Coração, 92 min, 2023; Animal Político, 70 min, 2016; Sem Coração, 25 min, 2014; Muro, 18 min, 2008 e Eisenstein, 19 min, 2006.
Ficha técnica:
Brasil-França-Itália (2023), 92 min, Cor, DCP, 2.39:1, 5.1
Dirigido e escrito por: Nara Normande e Tião
Produzido por: Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho, Justin Pechberty, Damien Megherbi, Nadia Trevisan, Alberto Fasulo
Coproduzido e distribuído por: Vitrine Filmes
Diretora de Fotografia: Evgenia Alexandrova
Diretor de Arte: Thales Junqueira
Montagem: Juliana Munhoz, Edu Serrano, Isabelle Manquillet
Produção Executiva: Juliana Lemes, Dora Amorim
Direção de Produção: Luiza Ramos
1ª Assistente de Direção: Laura Mansur
Figurinista: Preta Marques
Caracterização: Natie Cortez
Produção de elenco: Rafhael Barbosa
Som Direto: Lucas Caminha
Design de Som: Riccardo Spagnol, Gianluca Gasparrini
Mixagem: Gilles Bernardeau
Música Original: Tratenwald
Elenco:
Maya de Vicq (Tamara)
Eduarda Samara (Sem Coração)
Alaylson Emanuel (Galego)
Maeve Jinkings (Fátima)
Kaique Brito (Binho)
Eules Assis (Eules)
Erom Cordeiro (Edu)
Ian Boechat (Vitinho)
Lucas Da Silva (Cidão)
Elany Santos (Vânia)
Sobre a produtora EMILIE LESCLAUX
Emilie nasceu na França e criou, ao lado de Kleber Mendonça Filho, a CinemaScópio, em 2008. Nos últimos 12 anos, tornou-se uma produtora de destaque no Brasil, produzindo oito curtas-metragens, oito longas e uma série, “Delegado”, de Leonardo Lacca e Marcelo Lordello, ainda inédita, somando mais de 250 prêmios. Seu último filme lançado nos cinemas, “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, ganhou o prêmio do Júri no Festival de Cannes. No dia 24 de agosto, será lançado no Brasil a sua última produção, “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho.
Sobre a produtora CINEMASCÓPIO
A Cinemascópio é uma produtora independente pernambucana, criada por Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux. Nos anos 2000, os curtas-metragens de Kleber, “A Menina do Algodão” (2003), “Vinil Verde” (2004), “Eletrodoméstica” (2005), “Noite de Sexta, Manhã de Sábado” (2006), “Recife Frio” (2009) e o documentário longa-metragem “Crítico” (2008) ganharam mais de 100 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Entre 2008 e 2015, a CinemaScópio também se destacou como uma das principais produtoras audiovisuais do Recife, produzindo ou coproduzindo filmes de jovens talentos, como Leonardo Sette (“Ocidente”, “Confessionário”), Tião e Nara Normande (“Sem-Coração”), Juliano Dornelles (“Mens Sana in Corpore Sano”) e Leonardo Lacca (“Permanência”). Em 2013, a CinemaScópio lançou o longa de ficção “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, selecionado em mais de 100 festivais e vencedor de 32 prêmios. O filme foi escolhido pelo The New York Times como um dos 10 melhores filmes do ano e representou o Brasil no Oscar. “Aquarius”, segundo longa de Kleber Mendonça Filho, estrelado por Sonia Braga, estreou na competição principal do Festival de Cannes em maio de 2016. Foi distribuído em mais de 100 países e ganhou 51 prêmios em festivais. “Bacurau”, codirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, estreou na competição do Festival de Cannes em maio de 2019 e ganhou o Prêmio do Júri. Em maio de 2023, o documentário “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, estreou na Seleção Oficial do Festival de Cannes (Sessão Especial). A CinemaScópio também é responsável pela realização do festival Janela Internacional de Cinema do Recife, que se tornou um dos eventos de cinema mais importantes do país desde sua criação, em 2008.
Sobre a Coprodutora e distribuidora VITRINE FILMES
A Vitrine Filmes, desde 2010, já distribuiu mais de 200 filmes e alcançou milhares de espectadores nos cinemas apenas no Brasil. Entre seus maiores sucessos estão “Bacurau” de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019; “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e “Druk – Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.
Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas estão o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa; a criação do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo; o Vitrine Lab, curso on-line sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; e Vitrine Produções, para o desenvolvimento e produção de títulos brasileiros.
Desde 2021, Vitrine produz e coproduz curtas, documentários e longas-metragens, dentre eles “Amigo Secreto” (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, que teve mais de 15 mil espectadores no Brasil; o romance adolescente “Jogada Ensaiada”, de Mayara Aguiar, em desenvolvimento; “O Nosso Pai”, curta de Anna Muylaert exibido no Festival de Brasília; “Caigan Las Rosas Blancas” (White Roses, Fall!), de Albertina Carri, a continuação de “Las Hijas del Fuego”, distribuído pela Vitrine Filmes em 2019.
“A Festa De Leo”
Por Luciana Bezerra e Gustavo Melo
“A Festa do Leo”, dirigido por Luciana Bezerra e Gustavo Melo, acompanha a saga de Rita para organizar a festa de aniversário de seu filho, Léo, que completa doze anos de idade. No dia da comemoração, a mãe descobre que Dudu, pai do menino, roubou o dinheiro da festa para quitar dívidas na comunidade que podem lhe custar a vida. Rita precisa arrumar o dinheiro para salvar Dudu e realizar o sonho de comemorar o aniversário do filho. Com uma narrativa que ressalta a força feminina, o filme produzido pela Coqueirão tem a presença da comunidade vidigalense no elenco, equipe e trilha sonora.
Sinopse
O filme é ambientado no Morro do Vidigal, uma das favelas mais famosas do Rio de Janeiro. Rita precisa dar para o filho Léo uma festa que significa muito para ela. Rita descobre que todo o dinheiro do evento, que vinha economizando há meses, foi roubado por Dudu, seu marido, que contraiu uma dívida perigosa com os moradores locais e precisa pagar de maneira urgente para preservar sua vida. A partir dessa desilusão, Rita, que ganha a vida trabalhando na praia, precisa correr contra o tempo e a trama se desenrola através da busca de Rita por formas de viabilizar a festa de Léo e salvar a vida do pai de seu filho. Para isso, contará com sua rede de amizade.
Sobre a diretora LUCIANA BEZERRA
Roteirista, diretora, atriz e diretora do Grupo Nós do Morro. É moradora da Favela do Vidigal, onde nasceu e atua como arte-educadora no Grupo Nós do Morro e em outras ONGs e coletivos de arte popular, e tem 25 anos de exercício cinematográfico. Realizou a pesquisa de elenco e oficinas de interpretação para o filme Cidade de Deus (O2 Filmes – 2002). O seu primeiro curta-metragem Mina de Fé (2004) recebeu prêmios de roteiro como Melhor Curta de ficção no 37º Festival de Brasília, Melhor Ficção Curta Cinema 2004, e foi exibido em mais de 20 países. Roteirizou e dirigiu o episódio “Acende a luz” do filme “5x Favela”, “Agora por nós mesmos”, produzido por Carlos Diegues e exibido na mostra Hors Concours do Festival de Cannes (2010). É autora do livro “Meu destino era o Nós do Morro” (editora Aeroplano) e colaboradora nos roteiros “Praça Paris” (Taiga Filmes) e “As lendas de Dandara” (TV Globo). Codirigiu o documentário “7 Cortes de cabelo no Congo” (vencedor do Prêmio de Melhor Longa Brasileiro no 11º Olhar de Cinema de Curitiba) e a série “How to be a carioca” (Star+).
Sobre o diretor GUSTAVO MELO
Participa desde 1996 do Grupo Nós do Morro, onde começou como aluno e hoje é professor de roteiro e direção. Foi professor de Roteiro na Escola de Cinema Darcy Ribeiro e na Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu. Dirigiu os curtas-metragens O Jeito Brasileiro de Ser Português, exibido no Festival de Cinema Brasileiro de Miami; Picolé, Pintinho e Pipa, exibido nos Festivais de Huesca e Biarritz, e A Distração de Ivan, exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes 2010. Em 2011, durante o 64º Festival de Cannes, foi selecionado para o 3º workshop Pavilion Les Cinémas Du Monde e apresentou seu projeto de longa-metragem 1994 – O Ano do Real.
Sobre produtor DIOGO DAHL
Diogo Dahl criou a Coqueirão Pictures em 2009, onde produz docs e ficções premiados, entre eles Cinema Novo (Melhor Documentário no Festival de Cannes 2016), Mundo Novo (Melhor Atriz e Melhor Roteiro no Festival do Rio 2021) e a realidade virtual Na Pele, em coprodução com China, Luxemburgo e Alemanha, (Venice Production Bridge 2018, IDFA 2020 e SXSW 2021). Ainda em 2021, cria a série How to be a Carioca para o canal Star+, dirigida por Carlos Saldanha e protagonizada por Seu Jorge. Em 2023, a Coqueirão Pìctures lançou o filme A Última Festa e está com três projetos em finalização: os documentários Welcome to Maracanã e O Sal da Vida, sobre a amizade entre Jorge Amado, Carybé e Caymmi, e a ficção A Festa de Léo.
Sobre a produtora COQUEIRÃO PICTURES
A Coqueirão Pictures é uma produtora audiovisual sediada no Rio de Janeiro. Entre suas principais produções estão Cinema Novo (Melhor Documentário – Festival de Cannes 2016), O Brasil de Darcy Ribeiro (Melhor Série Doc – Prêmio TAL 2015) e a realidade virtual Under the Skin (Seleção Oficial – IDFA 2020 e SXSW 2021). Produziu ainda os longas Alice & Só (2020), distribuído pela 20th Century Fox e Mundo Novo (Melhor Atriz e Melhor Roteiro – Festival do Rio 2021). O lançamento mais recente foi a comédia A Última Festa, em coprodução com a Globo Filmes, Telecine e Ar de Filmes, com distribuição da H2O Filmes. Ainda em finalização estão o longa de ficção A Festa de Léo, em coprodução com o Nós do Morro e a Globo Filmes, e os documentários sobre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé em coprodução com a Globo Filmes e Janela do Mundo e outro sobre o estádio mundialmente famoso Maracanã e sua transformação nos últimos 20 anos através dos olhos de Enéas de Andrade, que foi maqueiro do estádio durante 30 anos.
3. PREMIÈRE BRASIL: COMPETITIVA LONGAS – DOCUMENTÁRIOS
“Othelo, O Grande”
Por Lucas H. Rossi
O documentário “Othelo, O Grande”, do diretor Lucas H. Rossi, terá sua estreia mundial no Festival do Rio. O filme revela facetas desconhecidas do ator para o público e apresenta o artista para as novas gerações. Grande Othelo foi um dos maiores atores e comediantes do Brasil, usando seu espaço para discutir o racismo estrutural que o perseguiu por oito décadas, duas ditaduras e uma centena de filmes.
O documentário é produzido por Ailton Franco Jr. – Franco Filmes, em coprodução com Globo Filmes, Globo News, Canal Brasil, Riofilme e Baraúna Filmes, e conta com distribuição da Livres Filmes.
Sinopse
“Othelo, O Grande” é um documentário sobre Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, um dos maiores atores e comediantes do Brasil. Negro, órfão e neto de escravos, Otelo escapou da pobreza para forjar uma carreira que rompeu todas as barreiras imagináveis para um ator negro na primeira metade do século XX, trabalhando com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane e Nelson Pereira dos Santos, entre tantos outros. Otelo usou esse espaço para moldar sua própria narrativa e discutir o racismo institucional que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.
Aspas do diretor:
“Fazer um filme sobre Grande Otelo é, para mim, um movimento ancestral, visto que todos nós, negros que trabalhamos com arte no Brasil, seguimos seus rastros ao longo de nossos caminhos. Porém seu nome anda esquecido no século XXI e completamente desconhecido para as novas gerações. Ele foi um dos maiores artistas do Brasil e o primeiro ator negro conhecido nacional e internacionalmente. Sua carreira acompanhou o desenvolvimento cultural do país, participando de todos os grandes momentos: desde os cassinos, passando pelo cinema – das Chanchadas ao Cinema Novo – e pegando todo o sucesso da televisão. A linguagem do filme tem como foco a abordagem do sujeito Sebastião por ele mesmo, em primeira pessoa. Negro, ator, umbandista, pai de cinco filhos e um homem cheio de feridas expostas ao lutar contra o racismo em uma vida marcada por tragédias desde a infância até a sua morte. Esse filme tem o objetivo de humanizar, desconstruir e desmistificar sua história com o humor típico de Grande Otelo.
A escolha de fazer um filme todo de material de arquivo e de colocar Otelo para contar sua própria história, foi como um gesto de deixá-lo conduzir sua própria narrativa e não deixar que ninguém interferisse nela. Foi difícil abrir mão de gerar mais signos e atmosferas de linguagem externas, mas isso fez com que o filme tivesse essencialmente a alma de seu personagem e não que fosse um apenas registro estético e exótico sobre ele. E mais do que uma grande e necessária homenagem, este documentário é sim uma releitura política sobre Otelo e um resgate histórico da memória deste ícone da cultura brasileira que, como sempre, proporcionou ao público negro brasileiro excelentes oportunidades para se reconhecer nas telas.”
Ficha técnica:
Direção e Roteiro: Lucas H. Rossi dos Santos
Produção: Ailton Franco Jr.
Montagem: Willem Dias (AMC), Lucas H. Rossi dos Santos
Desenho de Som: Waldir Xavier
Mixagem de Som: Bernardo Adeodato, Cristiano Scherer
Colaboração de Roteiro: Fermino Neto, Henrique Amud
Supervisão de Pesquisa: Beth Formaggini
Produção Executiva: Ailton Franco Jr.
Produção de Finalização: Breno Soares
Produção de Arquivo de Imagem: Laís Rodrigues
Diretor Assistente e Pesquisa: Henrique Amud
Finalização de Imagem: Cajamanga
Supervisão Musical: Geraldinho Magalhães
Produção Musical: Ori Musiclab
Participação Especial: Zezé Motta
Produtora: Franco Filmes
Coprodutoras: Globo Filmes, Globo News, Canal Brasil, Riofilme, Baraúna Filmes
Patrocinadores: Itaú / Edital de Niterói / Fsa Prodecine z
Sobre a diretor LUCAS H. ROSSI
“O Vestido de Myriam” foi seu primeiro curta-metragem de ficção como diretor em 2017, pelo qual ganhou o prêmio de Melhor Diretor no Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e Melhor Curta nos festivais Cine Ceará, e 41º Festival Internacional de Cinema Independente de Elche, além do prêmio aquisição do Canal Brasil. Em 2020, dirigiu dois filmes premiados, sendo o primeiro o curta documentário “Atordoado, Eu Permaneço Atento”, participando dos festivais Rencontres de Toulouse, Huesca, Vienna Shorts, Shorts Mexico, Kortfilmfestivalen, Ethnocineca, Binisaya, Girona, Encontros de Cinema de Viana, Poitiers, Uruguay International Film Festival e Docudays UA, entre outras 80 seleções, enquanto o segundo lançamento de 2020 foi o filme-ensaio “Ser feliz no vão”, selecionado para o festival É tudo verdade, Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), Festival Curta Cinema, Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, Exground Filmfest, Festival de Cinema de Vitória, Dobra – Festival Internacional de Cinema Experimental, Africa in Motion Short Film Competition, Curta Santos, Rencontres de Toulouse e Ann Arbour Film Festival, entre outras 70 seleções.
Como produtor, trabalhou em séries e longas como “Canastra Suja”, de Caio Sóh, “Mão na Cabeça”, de Milton Alencar Jr, e “A Morte Habita à Noite” (Festival de Rotterdam 2020), de Eduardo Morotó, entre outros. Produziu também curtas-metragens premiados, como “Ao Final da Conversa, Eles se Despedem com um Abraço”, de Renan Brandão, “Repulsa”, de Eduardo Morotó, “Último Domingo”, de Renan Brandão e Joana Claude, e “Auto Falo”, de Caio Dornelas, e séries como “Os varandistas”, para o Canal Brasil, “Matches”, de Anita Barbosa para Warner, “Vizinhos”, de Letícia Prisco e José Eduardo Belmonte para o Canal Brasil, “Candelária”, de Luis Lomenha e Márcia Faria série para Netflix.
Em 2023 lança seu primeiro longa-metragem como diretor, “Othelo, O Grande”, um documentário de imagens de arquivo sobre o famoso ator e comediante negro brasileiro Grande Otelo, que atuou em filmes de mestres do cinema como Orson Welles, Werner Herzog, Júlio Bressane, Nelson Pereira dos Santos, Marcel Camus e Joaquim Pedro de Andrade.
Sobre a produtora FRANCO FILMES é uma produtora voltada para o desenvolvimento e produção de projetos audiovisuais. Produziu longas-metragens, documentários e curtas-metragens ao longo de mais de 30 anos.
Entre os títulos produzidos estão: “Dadá”, de Eduardo Vaisman (Melhor Curta do Festival do Rio 2002), “Nos Tempos do Cinematógrapho”, de Kika Lopes, “Asfixia”, de Roberval Duarte, “Maré Capoeira”, de Paola Barreto (premiado pelo Júri Infantil do Festival de Curtas de Oberhausen e Hamburgo – Alemanha, e no Nova Mirada, de Buenos Aires), “O Monstro”, de Eduardo Valente (selecionado para a Competição Oficial do Festival de Cannes 2006), a coprodução francesa “Cinderela”, de Magali Magistry (selecionado para a competição de curtas do Sundance Film Festival 2006). Em 2010, a Franco Filmes lançou o longa “Agreste”, de Paula Gaitán, hors-concours no Festival do Rio 2010. Em 2013 lançou o longa-metragem “Exilados do Vulcão”, de Paula Gaitán, no Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, onde ganhou o prêmio de Melhor Filme e Melhor Som. Produziu também o documentário “O Vício da Liberdade”, em 2002, para o Canal GNT/Globosat apoiado pelo Fundo Holandês Jan Vrijman. Em 2021 coproduziu o documentário “Venice Beach, C.A.”, da realizadora Marion Naccache, que teve première no Festival Cinéma du Réel. Neste ano de 2023, produziu no Rio de Janeiro o filme francês “Kali”, de Julien Seri para a Daigoro Films. Atualmente está lançando “Othelo, o Grande”, documentário de Lucas H. Rossi dos Santos sobre o ator Grande Otelo.
4. PREMIÈRE BRASIL: RETRATOS
“Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”
por Aída Marques e Ivelise Ferreira
Após entrar para a seleção oficial Cannes Classic do Festival de Cannes deste ano, o documentário “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema” participa da Mostra Retratos no Festival do Rio. O longa-metragem apresenta a vida e a obra do precursor do Cinema Novo, Nelson Pereira dos Santos, a partir de mais de 80 horas de gravações de arquivo, entre imagens, filmes e entrevistas do diretor. Dirigido por Aída Marques e Ivelise Ferreira, viúva do cineasta, o longa é uma coprodução da Globo Filmes, Canal Brasil e GloboNews, com distribuição da Bretz Filmes e patrocínio da Neltur.
Sinopse
Ao longo de seis décadas, o cinema de Nelson Pereira dos Santos projetou o Brasil aos olhos do mundo. Precursor do Cinema Novo, Chévalier de la Légion d’Honneur e Comendador des Arts e de Lettres na França, Nelson foi, mais que um realizador, um ideólogo, um pensador do seu país.
No Festival de Cannes, “Vidas Secas” (Prix OCIC, Prix de la Jeunesse), “Azyllo Muito Louco” e “O Amuleto de Ogum” competiram pela Palma de Ouro. “Quem é Beta?”, “Como Era Gostoso o Meu Francês” e “Memórias do Cárcere” (Prêmio FIPRESCI) participaram da Quinzena dos Realizadores. “Cinema de Lágrimas”, realizado a convite do BFI, teve sua estreia em sessão comemorativa dos 100 anos do cinema. Em 2012, “A Música Segundo Tom Jobim” foi exibido em sessão-homenagem ao cineasta brasileiro.
Aspas das diretoras AÍDA MARQUES e IVELISE FERREIRA
“Descobrimos verdadeiras preciosidades, como as imagens inéditas do início dos anos 60, quando Nelson era jovem, além do making of de ‘Juventude’, o primeiro filme que Nelson fez” – revela Ivelise.
“As imagens praticamente inéditas das gravações de Radamés Gnattali com Tom Jobim, para o programa da TV Manchete com o mesmo título que originou o celebrado filme ‘A Música Segundo Tom Jobim’ são outro valioso achado”, completa Aída.
Ficha Técnica
Argumento: Ivelise Ferreira
Direção: Aída Marques e Ivelise Ferreira
Produção executiva: Aída Marques
Roteiro: Bernardo Florim, Ivelise Ferreira, Aída Marques e Luiz Guimarães de Castro Pesquisa de imagens: Laís Rodrigues
Montagem: Luiz Guimarães de Castro
Composição e regência: Tim Rescala
Designers: Pedro Kuperman, Thomas Mendel e Bady Cartier
Produção: MP2
Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil
Patrocínio: Neltur
Finalização: Afinal Filmes
Desenho de som e mixagem: Damião Lopes
Fotografia adicional: Luiz Abramo
Sobre NELSON PEREIRA DOS SANTOS
Colecionador de homenagens, Nelson Pereira dos Santos foi o primeiro cineasta eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 2006. Também Bacharel em Direito, professor e jornalista, criou o primeiro curso de cinema do país, na Universidade de Brasília – UNB, e fundou o curso de graduação em cinema da Universidade Fluminense (UFF). Um dos mais recentes sucessos de Nelson foi a “A Música Segundo Tom Jobim”, de 2012, que surpreendeu os apaixonados por cinema: o diretor abriu mão de uma cinebiografia clássica do músico e exibiu imagens de arquivo de uma série de interpretações (nacionais e internacionais) de músicas do compositor, sem qualquer tipo de narração ou legenda.
Entre as obras de Nelson Pereira dos Santos constam “Rio, 40 Graus” (1955), “Rio Zona Norte” (1956), “Vidas Secas” (1963), “Fome de Amor” (1968), “Azyllo Muito Louco” (1970), “Como Era Gostoso O Meu Francês” (1971), “Tenda dos Milagres” (1977), “O Amuleto de Ogum” (1973), “Estrada da Vida” (1980), “Memórias do Cárcere” (1984), “A Terceira Margem do Rio” (1994), “Cinema de Lágrimas” (1995), série realizada com outros cineastas, entre os quais Martin Scorsese e Jean-Luc Godard, “Casa Grande e Senzala” (2000), “Raízes do Brasil” (2003), “Brasília 18o” (2006), “A Música Segundo Tom Jobim” (2011) e “A Luz do Tom” (2013).
Sobre a diretora AÍDA MARQUES
AÍDA MARQUES
Doutora em cinema pela ECA-USP, Aída Marques é cineasta e produtora com mais de 30 anos de experiência. Entre seus trabalhos mais destacados estão: “Expedito” (2006), vencedor do prestigiado prêmio da CNBB, Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Etnográfico, e apresentado na Mostra Internacional de Cinema do Rio, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo Festival de Cinema Autres Brésils (França); “Abdias Nascimento” (2011), exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio e no Cinesul; e “Trágicas” (2019), estreado no Festival de Cinema de Tiradentes e premiado no Festival de Cinema El Ojo Cojo (Espanha).
Aída foi a idealizadora de uma série de exposições sobre cinema no Rio de Janeiro, trazendo ao Brasil a Expo(r) Godard, sobre o lendário cineasta e Vistas Lumière, sobre os pioneiros Irmãos Lumière, e a oficina de crítica de cinema Questão de Crítica. É professora emérita de Cinema e Audiovisual, curso fundado por Nelson Pereira dos Santos na Universidade Federal Fluminense, UFF.
Recentemente, Aída Marques dirigiu o documentário Agudas: Os Brasileiros de Benin (2023) e “Nelson Pereira dos Santos – Uma Vida de Cinema”.
IVELISE FERREIRA | Diretora
Formada em licenciatura em artes cênicas pela Universidade de Brasília, UnB (1982) e administração e marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing ESPM/RJ (2003). Iniciou sua carreira em cinema no Centro de Produção Cultural e Educativa, CPCE – UnB (1988) produzindo documentários sobre produção de alimentos por associações de agricultores no entorno de Brasília, populações quilombolas e impactos da universidade de Brasília na formação da cidade.
Em 1991 trabalha como assessora do cineasta Nelson Pereira dos Santos na criação do Polo de Cinema e Vídeo de Brasília. A partir desse trabalho torna-se assistente de direção e de produção do diretor nos filmes: A Terceira Margem do Rio, (1993) O Cinema de Lágrimas da América Latina, (1995) Casa Grande & Senzala, (2000) Raízes do Brasil, (2002) Brasília 18%, (2005) A Luz do Tom, (2012) e A Música Segundo Tom Jobim, (2011).
2023 – Direção “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”.
GLOBO FILMES | Produtora
Construir parcerias que viabilizam e impulsionam o audiovisual nacional para entreter, encantar e inspirar com grandes histórias brasileiras – do cinema à casa de cada um de nós. É assim que a Globo Filmes atua desde 1998. Com mais de 450 filmes no portfólio, como produtora e coprodutora, o foco é na qualidade artística e na diversidade de conteúdo, levando ao público o que há de melhor no nosso cinema: comédias, romances, infantis, dramas, aventuras e documentários. A filmografia vai de recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ – ambos com mais de 11 milhões de espectadores – a sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, passando por longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar – e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Títulos mais recentes como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’ fizeram o público voltar às salas pós-pandemia para prestigiar um cinema que fala a nossa língua.
CANAL BRASIL | Coprodutora
O Canal Brasil é o canal que mais coproduz cinema no país, com mais de 400 longas-metragens. Esse ano, completa 25 anos no ar com uma programação diversa com séries, ficções, documentários, programas e shows que apresentam retratos da cultura brasileira. O acervo do canal conta com obras dos mais importantes cineastas brasileiros e de todas as fases do nosso cinema, com uma grade que conta a história da sétima arte do país. O que pauta o canal é a diversidade, com uma programação plural, composta por muitos discursos e sotaques. A palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
BRETZ FILMES| Distribuidora
A Bretz Filmes iniciou as atividades em 1990, atuando, inicialmente, como distribuidora no mercado de vídeo. Paralelamente, entre 2003 e 2011, Luiz Ernesto Mendes Bretz, seu fundador, foi diretor de distribuição na Videofilmes. Em 2011, a empresa iniciou sua atuação no mercado nacional e internacional, passando a adquirir títulos brasileiros e estrangeiros para distribuição própria em cinema, vídeo, televisão e VOD, especializando-se em documentários e filmes de autor e cinema independente, nacional e internacional, lançando títulos como: “Woody Allen”, “O Cavalo de Turim”, “Nostalgia da Luz” e “Another Year”. Mais recentemente, foram lançados os filmes “For Sama”, “Honeyland”, “Cézanne e eu”, “Gabriel e a montanha”, “Sinfonia de um Homem Comum”, entre outros. Atualmente, a Bretz Filmes é uma das principais distribuidoras de documentários e filmes de autor nos cinemas do Brasil.
4. PREMIÈRE BRASIL: HORS CONCOURS
“Mussum, O Filmis”
Por Silvio Guindane
Após o Festival de Gramado, de onde saiu com seis Kikitos (incluindo melhor filme pelo júri oficial e melhor filme pelo júri popular), o novo longa-metragem de Silvio Guindane, “Mussum – O Filmis”, participa da Première Brasil na mostra Hors Concours . A obra narra a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, e vai além do papel inesquecível do humorista em “Os Trapalhões”, ao lado de Didi, Dedé e Zacarias.
Reunindo momentos menos conhecidos e explorados da vida do comediante e músico, o trailer explora a carreira musical de Mussum ao lado dos Originais do Samba, além de mostrar a relação de Mussum com a família através dos anos e reviver alguns esquetes clássicas dos “Trapalhões”. Protagonizado por Ailton Graça, o longa é baseado no livro “Mussum – uma história de Humor e Samba”, de Juliano Barreto, e tem a produção assinado por André Carreira, pela produtora Camisa Listrada, coprodução Panorama Filmes, Globo Filmes, Globoplay, Telecine e RioFilme além de distribuição da Downtown Filmes. O filme chega aos cinemas no dia 2 de novembro.
“A vida do Mussum é emocionante, porque é alegre, porque ri de si mesmo, e é generosa, pois levou alegria para a casa das pessoas. Mussum é o samba, é o humor, é um representante do nosso povo em busca pela dignidade e pela felicidade. A cada cena que filmei, a cada plano, a cada escolha de como colocar a vida pulsante de “Antônio Carlos Bernarde Gomes” na tela, pensei em como este homem preto, brasileiro, de origem pobre e que chegou ao estrelato, gostaria de ser ver representado em uma cinebiografia. O resultado quem nos deu foi ele, o próprio “Mussum”. Por isso, acredito que fizemos um filme divertido, emocionante e popular. Agradeço a curadoria e aos realizadores do Festival do Rio, por dar a oportunidade de apresentarmos “Mussum – o Filmes”, neste grande evento cinematográfico, que já se tornou uma tradição no calendário cultural da cidade do Rio de Janeiro. Viva o Festival do Rio! Viva Mussum!”, declara o diretor.
Sinopse
“Mussum: O Filmis” narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, indo muito além do Mussum que o grande público conhece: a infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira, o sucesso com os Originais do Samba, além de bastidores d’Os Trapalhões.
Ficha Técnica:
Produção: Camisa Listrada
Coprodução: Panorama Filmes, Globo Filmes, Globoplay, Telecine, RioFilme
Distribuição: Downtown Filmes
Direção: Silvio Guindane
Roteiro: Paulo Cursino
Produtor: André Carreira
Supervisão Artística: Roberto Santucci
Produção Executiva: Ângelo Gastal e Cacala Carvana
Direção de Produção: Mariângela Furtado
Direção de Fotografia: Nonato Estrela
Direção de Arte: Rafael Targat
Figurino: Cássio Brasil
Caracterização: Mari Pin e Martín Macías Trujillo
Som Direto: Evandro Lima
Montagem: André Simões
Música: Max de Castro Edição de som: Acácia Lima e Tomás Alem
Mixagem de som: Rodrigo Noronha e Gustavo Loureiro
Gerente de Pós-produção: Monica Siqueira
Supervisão de Pós-produção: Talita Almeida
Produtor Associado: José Alvarenga Jr.
Elenco:
Ailton Graça – Mussum (Antônio Carlos Adulto)
Yuri Marçal – Mussum (Antônio Carlos/Carlinhos jovem)
Thawan Lucas Bandeira – Mussum (Antônio Carlos/Carlinhos criança)
Cacau Protásio – Dona Malvina Jovem
Neusa Borges – Dona Malvina Senhora
Jeniffer Dias – Leny (1a fase)
Cinnara Leal – Neila
Luiza Rosa – Nancy Jovem
Gero Camilo – Renato Aragão / Didi
Felipe Rocha – Dedé
Gustavo Nader – Mauro / Zacarias
Késia – Leny (2a fase)
Mary Sheila – Alaíde
Vanderlei Bernardino – Chico Anysio
Paulo Mathias Jr. – Maurício Sherman
Nando Cunha – Grande Otelo
Clarice Paixão – Alcione
Eduardo Lago – Carlos Machado
Stepan Nercessian – Diógenes
Angelo Fernandes – Bigode Originais do Samba (1ª fase)
Édio Nunes – Bigode Originais do Samba (2ª fase)
Hugo Germano – Rubão Originais do Samba (1ª fase)
Alan Rocha – Rubão Originais do Samba (2ª fase)
Kadu Costa – Bidi Originais do Samba (1ª fase)
Lelé – Bidi Originais do Samba (2ª fase)
Angelo Emmanuel – Chiquinho Originais do Samba (1ª fase)
Udylê Procópio – Chiquinho Originais do Samba (2ª fase)
Reinaldo Junior – Lelei Originais do Samba (1ª fase)
Deiwis Jamaica – Lelei Originais do Samba (2ª fase)
Antonio Gonzalez -Wilton Franco
Ícaro Silva – Jorge Ben
Flávio Bauraqui – Cartola
Larissa Luz – Elza Soares
Wilson Simoninha – Garrincha
Christiano Torreão – Sargento Pincel
Augusto Madeira – Boni
Marcello Picchi – Milton Carneiro
Mussunzinho – Nilton da Mangueira
Ana Paula Secco – Dona Neuma
Serjão Loroza – Cantor Roda de Samba