sex, 22 novembro 2024

Aquaman 2: O Reino Perdido

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Clima de despedida. Esse é o resumo desse último ano de DCEU, trazendo filmes que sabemos que não terão qualquer relevância, não só no universo, mas se revelando também obras desinteressadas em trabalhar diferente dessa saturação ocorrida nos filmes de herói nos últimos anos. E Aquaman 2 não é diferente, trazendo um claro desinteresse do próprio elenco e diretor quanto a produção da nova aventura.


Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível.


Sendo o advogado do diabo, é complicado produzir um filme quando tantos problemas recorrentes em sua jornada, desde pandemia, problemas de orçamento e a mais óbvia: o fim do DCEU e uma nova abordagem a partir do comando de James Gunn, com o então reboot. É de se imaginar que tanto na produção, elenco e imaginário popular fique aquela sensação de barco já afundado. Mas não adianta se utilizar de uma produção milionária(mais de 200 milhões de dólares) para realizar um trabalho tão desinteressante e abaixo do anterior.

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Divulgação DC


Enquanto o primeiro longa tinha claros problemas de roteiro e até mesmo uma cafonice exagerada, em contrapartida o visual, direção e aquela abordagem muito voltada pros quadrinhos traziam uma personalidade, coisa que é pouco explorada na continuação. Existem momentos de uma boa utilização do talento do James Wan, seja em momentos de infiltração, onde ele se utiliza da câmera pelo cenário, sem cortes. Ou até mesmo nas famosas cenas de luta do estilo do diretor, tão usadas em “Velozes e Furiosos” ou o “Aquaman” anterior, ela estão presentes aqui, mas muito pouco inspiradas.


E é uma junção bizarra que o filme constrói, ele se utiliza bastante de elementos humorísticos ao longa da jornada que passam mais uma sensação de vergonha alheia do que comédia em si. Desde cenas envolvendo mijos, comer baratas, acompanhado do Jason Momoa doidão gritando. Para não condenar todo o humor, existem bons momentos envolvendo os dois irmãos, desde troca de ofensas até piadas envolvendo essa desenvoltura do Orm com a vivência no mundo da superfície.


É um grande remendo, a sensação de presenciar inúmeras cenas de ação, diálogos e momentos que o filme quer te passar algo, mas a única coisa que preocupa com o telespectador é quanto tempo falta para acabar. É um problema longe de ser único neste filme, mas é impossível não citar em mais um filme do gênero, totalmente no automático. Falta vivacidade com o filme, o mundo apresentado é bonito e o CGI funciona em grande parte do tempo, porém a forma que é apresentado não tem uma intenção, as coisas simplesmente acontecem porque precisam acontecer. Ele pega sacadas de outros filmes, como as já saturadas músicas pops em meio batalhas, até mesmo copia o estilo de outros filmes!(Guardiões da Galáxia).

Longe ser uma bomba de filme, mas Aquaman 2: O Reino Perdido entra na lotada lista de obras esquecíveis do gênero de super heróis. Ele tem um potencial de Sessão da Tarde, algo inofensivo e divertido, porém atrapalha com toda falta de interesse da produção e elenco. É um problema que afeta todo o geral, beirando o medíocre. É um filme que ao invés de trazer um clima de despedida do DCEU, ele prefere trancar o caixão, joga a chave fora e falar: “até nunca mais!”.

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Destaque

Clima de despedida. Esse é o resumo desse último ano de DCEU, trazendo filmes que sabemos que não terão qualquer relevância, não só no universo, mas se revelando também obras desinteressadas em trabalhar diferente dessa saturação ocorrida nos filmes de herói nos últimos anos....Aquaman 2: O Reino Perdido