A nova série do Disney+, Percy Jackson e os Olimpianos, conta a história de um jovem que aos 12 anos é enviado ao acampamento Meio-Sangue após descobrir que é um semideus. Filho de Poseidon, o Deus do Mar na mitologia grega, ele se junta a outros semideuses para desenvolver seus poderes e habilidades especiais. Baseada nos livros de mesmo nome de Rick Riordan, a produção causou alvoroço, quando o autor dos livros prometeu aos fãs que a produção iria “corrigir” os erros cometidos pelos filmes. A promessa foi cumprida? Confira abaixo.
Realmente Percy Jackson e os Olimpianos tem virtudes que a produção anterior não possui, mas é inegável que a produção de oito episódios está longe de ser aclamada. Entre as virtudes da série o grande destaque é o seu elenco, em especial o trio protagonistas. Walker Scobell (Projeto Adam), Aryan Simhadri (Adventures in Wonder Park) e a estreante Leah Jeffries levam nas costas a produção, em alguns momentos, que funciona muito pelo carisma do trio. Cada um deles tem seu momento para brilhar e conseguem se impor em cena, com atores mais experientes.
Outro destaque da produção é que a trama da série, em muitos momentos, segue fielmente os livros o que pode agradar os fãs. Ao deixar a pegada mais pop e descolada de lado (que foi vista nos filmes), o novo enredo ganha pontos no quesito fidelidade das situações retratadas. Mesmo assim é preciso citar, que o episódio dedicado ao cassino Lótus, que nos livros é um momento grandioso é muito divertido, acabou tomando uma direção que decepcionou, por não abraçar o absurdo e ser infantil e simplista demais.
Mas nem tudo são flores. Os efeitos especiais tem altos e baixos. Muitas cenas, com criaturas como Minotauro e a Medusa, foram gravadas de modo a disfarçar as limitações orçamentárias da série e decepcionam, pois ou não se via a criatura (Minotauro) em meio a escuridão ou o CGI aplicado não era convincente (Medusa). Das cenas, a com melhores efeitos, foi a com a Quimera, que surgiu e desapareceu deixando saudades. Essa é a melhor criatura retratada na história é surge de modo ameaçador e pra lá de realista. Um outro defeito é a montagem da produção, frenética que não permite que o espectador absorva o pacote de informações dado entre diversas cenas. A produção confundiu criar uma história dinâmica, com uma história apressada. Além disso, os primeiros episódios da produção parecem mais interessados em mostrar coisas que não foram vistas em Percy Jackson e o Ladrão de Raios do que em apresentar quem são os personagens e suas motivações.
Como se já não houvesse espaço para a piora, a produçã durante sete episódios sempre se encerra não com um gancho para o próximo episódio, mas no melhor momento dele, o que é um banho de água fria. Sendo um corte abrupto e pra lá de frustante. Quantos as cenas de luta, poucas empolgam. Destaque para uma cena no episódio final. As demais cenas vistas, são apenas corretas e, pelos cortes excessivos, acabam tendo o seu impacto diminuído.
Percy Jackson e os Olimpianos se encerra de modo satisfatório, com as portas abertas para o futuro. Mas é inegável que a produção precisa consertar algumas falhas vistas na sua primeira temporada. Se fizer isso, a série tem de tudo para ser um das melhores produções do gênero na TV. Basta aguardar para ver se Rick Riordan irá concordar com as críticas e “corrigir” seus erros.