Na segunda temporada de Monstros no Trabalho, a jornada de Tylor Tuskmon como Cômico e sua amizade com Val enfrentam o teste definitivo. Com o surgimento de novas e inesperadas oportunidades na empresa de energia rival, Medo S.A., os colegas de Tylor na Monstros S.A. questionam sua lealdade.
Os 10 episódios da nova temporada não chegam moldados na nostalgia, como a temporada anterior. Pelo contrário, a produção é realmente uma sequência dos eventos vistos no filme e mostra como Mike e Sully estão lidando com a empresa, após a descoberta de que o riso é uma fonte de energia melhor do que o susto. A relação entre os novos personagens e os antigos melhora e a dupla protagonista do filme tem mais espaço. As situações, confusões e interações entre os personagens acontece de modo mais natural e interessante. A trama agora possui um início, meio e fim e os personagens funcionam bem como engrenagens, fazendo com que a trama ande de modo dinâmico.
A série animada segue sendo leve e despretensiosa na sua narrativa e cria situações intricadas que desaguam na rivalidade entre as empresas. A jornada de Tuskman como cômico e a o uso de outras fontes de energia também tem foco na produção e entregam paralelos interessantes. O humor pastelão é o que atrapalha na história, nem todas as piadas funcionam e a maioria delas tenta arrancar o riso fácil o que não funciona. Para nossa alegria o humor ácido também tem espaço (em doses pequenas). A duração dos episódios é satisfatória e o 5º episódio, que insere alguns elementos de investigação e o os dois últimos, são os melhores da nova temporada. Falar que é a qualidade técnica da Pixar na série animação é espetacular e tecer milhões de elogios seria chover no molhado. Os monstros apresentados tem visuais criativos e tudo é muito bem feito neste quesito, destaque para o misterioso e adorável Roger Rogers. A dublagem brasileira, novamente é um destaque e não deixa a desejar quando comparada a original.
A segunda temporada de Monstros no Trabalho encerra o arco que iniciou em Monstros S.A. e abre portas para novas histórias. A abordagem de temas do nosso cotidiano é o grande acerto dessa produção, que ainda erra o tom das suas piadas que nem sempre agrada. Que venham novas histórias e aventuras desse saudoso universo.
