dom, 6 outubro 2024

Crítica | Na Terra de Santos e Pecadores

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Desde o lançamento de “Busca Implacável” em 2008, Liam Neeson tem feito sucessores espirituais da franquia, estrelando tantos filmes similares que suas “habilidades especiais” parecem cada vez menos especiais. Mesmo após declarar sua aposentadoria do gênero de ação em 2021, ele continuou a participar de vários outros filmes. Em “Na Terra de Santos e Pecadores”, Neeson novamente interpreta um personagem temido, mas o longa não é apenas mais uma produção de baixa qualidade sobre um homem em busca de vingança.

Trazendo uma surpresa revigorante, presenciamos o experiente ator sair de sua zona de conforto usual de ação e dar profundidade a um personagem. Ele convence como um homem refletindo sobre uma vida de violência com arrependimento: um assassino experiente avaliando sua vida e considerando se ainda há tempo para redenção. Esse tema, comum em filmes de gangster, é bem trabalhado em “Na Terra de Santos e Pecadores”, que se destaca dos filmes mais recentes de Neeson.

Ambientado na Irlanda durante um período violento, o filme começa com uma sequência de uma bomba de carro que mata três crianças. Apesar de não ser o melhor formato para abordar a dor dos Conflitos, e de simplificar a complexidade da política sectária da Irlanda com personagens do IRA caricaturais, o filme utiliza o cenário para discutir a natureza venenosa da violência cíclica e geracional.

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Embora não seja profundo sobre a história irlandesa, o filme maximiza seu ambiente, com paisagens típicas — penhascos ventosos, muros de pedra, campos verdes — e atuações fortes. É um prazer ver atores como Colm Meaney, Ciarán Hinds e Kerry Condon atuando em papéis próximos de suas origens. Jack Gleeson, quase irreconhecível desde seu papel como Joffrey Baratheon em “Game of Thrones”, se destaca como o aprendiz gângster. No centro de tudo está Neeson, ainda robusto e convincente, elevando o material com facilidade. 

Um faroeste irlandês sólido e antiquado sobre finalmente descansar de uma vida de violência. Não é particularmente profundo, mas é bom ver Liam Neeson encontrar profundidade de personagem entre os tiroteios e resmungos de sempre.

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