ter, 26 novembro 2024

Crítica | Jackpot: Loteria Mortal

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Filmes com propostas irreais e absurdas surgem todos os anos com o intuito de subverter o gênero, mas de principalmente, entreter o público. Em 2024, a tarefa de realizar essa proeza caiu no colo da comédia de ação: Jackpot: Loteria Mortal. A produção mostra um futuro próximo, onde uma “Grande Loteria” foi estabelecida na Califórnia – a pegadinha: matar o vencedor antes do pôr do sol para reivindicar legalmente o prêmio de vários bilhões de dólares. Quando Katie Kim (Awkwafina) se muda para Los Angeles, ela se depara, por engano, com o bilhete premiado. Desesperada para sobreviver aos caçadores de prêmios, ela une forças com o agente de proteção de loteria amador Noel Cassidy (John Cena), que fará tudo o que estiver ao seu alcance para levá-la ao pôr do sol em troca de uma parte do prêmio. No entanto, Noel precisa enfrentar seu rival Louis Lewis, que também quer receber a comissão de Katie a todo custo. 

Proposta fora da casinha criada, vamos ao desenvolvimento dessa curiosa premissa. O diretor Paul Feig (Caça-Fantasmas de 2016) é objetivo e apresenta as regras do filme de modo breve. A proibição de armas de fogo dá a entender que o filme irá focar em criativos combates para abater a “sortuda”. Porém, isso só acontece nas primeiras cenas, todas as demais vistas no filme carecem de urgência e de criatividade o que diminui muito o entretenimento. Resta assim, um texto afiado com piadas e sacadas que divirtam. Mas o texto escrito por Rob Yescombe (Zona de Combate) cria diversas cenas que não divertem e estão repletas de decisões sem sentido dos personagens. Boa parte das cenas vistas são fruto do improviso dos atores, que em alguns momentos (bem poucos) diverte, mas o texto apresentado soa muito aleatório quando observamos o contexto geral no qual ele é apresentado.

Awkwafina (Podres de Ricos) interpreta ela mesma durante toda projeção. John Cena (Pacificador) até tenta emprestar algum carisma para fazer a produção decolar, mas nem a interação entre a dupla de atores salva a produção. Simu Liu (Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis) entra em cena e não consegue tirar o projeto do lugar comum. O texto não dá motivação ou se quer profundidade a nenhum dos personagens apresentados, sendo difícil se importar ou torcer por alguém.

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Jackpot: Loteria Mortal é uma aposta arriscada como passatempo e durante seus 100 minutos de duração não vemos nada que justifique essa produção como um prêmio para quem se propor a ver. Sorte para quem assistir e mais sorte ainda caso a promessa nos créditos finais de uma sequência se concretize.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
Filmes com propostas irreais e absurdas surgem todos os anos com o intuito de subverter o gênero, mas de principalmente, entreter o público. Em 2024, a tarefa de realizar essa proeza caiu no colo da comédia de ação: Jackpot: Loteria Mortal. A produção mostra um...Crítica | Jackpot: Loteria Mortal