Com a nova ascensão de Halbrand/Sauron ao poder, após ser desmascarado e expulso por Galadriel, o lendário Lorde das Trevas se dedica à criação do Anel Mestre. Enquanto isso, os diferentes povos da Terra-Média, apavorados pelo Mal, se unem para marchar contra o vilão. Como a sinopse da segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, a produção foca suas atenções em Sauro e na corrida para deter o vilão, o que faz desta temporada um capítulo de preparação de algo maior.
A série reparte seu vasto elenco em diferente núcleos, repetindo o que foi feito na primeira temporada, para contar sua história que expande em territórios e em temas, o principal a ser abordado é a traição. Diversas alianças surgem e são desfeitas, durante os nove episódios da produção. Ninguém está a salvo de trair ou ser traído e esse segue sendo o fio narrativo da obra, que dá mais espaço para que Sauron mostre suas motivações. Entre traições e abordagens que exploração a relação dos diferentes núcleos, vemos tímidas cenas de ação, que com o tempo vão aumentando até chegar na mais ESPETACULAR cena de ação já criada, que pode ser vista no episódio final. Porém, é inegável que o principal ponto de questionamento (e destaque) da série segue, sendo as diversas mudanças que o roteiro faz no seu material de origem. O desenvolvimento das histórias segue caminhando de modo próprio e abandonando a base escrita por Tolkien. As mudanças são brutais e (algumas) imprudentes, o que pode desagradar ao público mais fiel do autor. Mas para quem se permitir, as mudanças podem agradar, pois são feitas para facilitar o entendimento da trama principal.
No quesito técnico, a produção da Amazon Prime segue encantando com a construção de seu universo. Os reinos da Terra Média, Mordor, Valinor e tantos outros são representados com perfeição. Os povos que habitam essas localidades e os artefatos vistos na série fazem jus ao investimento. A maquiagem dos trolls, orcs, elfos e os trajes por eles usados são dignos de receberem uma premiação no Oscar. A estética aplicada na fotografia, faz inveja a diversas obras do gênero e merece destaque, assim como a trilha sonora que engrandece algumas cenas, em especial a da segunda metade.
Para compensar a narrativa que funciona quase que como um estudo de relações e personagens. A produção um CGI quase impecável, apenas um lobo apresentado destoa um pouco. As cenas de ação são muito bem coreografadas e possuem mais violência que as vistas na primeira temporada. Com a chegada do fim, a produções ganha em agilidade e em o tamanho das cenas de ação aumenta, apresentando fatos (inevitáveis) que foram omitidos na primeira temporada.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder é uma ótima série de fantasia, mesmo que o material exibido seja muito (MUITO) diferente da narrativa original criada por J. R. R. Tolkien. A segunda temporada explora diversas histórias interessantes e deixa espaço para que muitas outras sejam exploradas num futuro próximo.
