ter, 26 novembro 2024

Crítica | Moana 2

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‘Moana’ (2016) foi um sucesso absoluto, com mais de $680 milhões de dólares arrecadados nas bilheterias no mundo todo e fazendo ótimos números nas vendas em DVD e Blu-Ray e ficou marcado principalmente pelas canções originais como “Saber quem sou” e “De nada”. Com um orçamento parecido com o anterior, desde o anúncio, ‘Moana 2’ está com muita expectativa, sobretudo dos que se apaixonaram pelo primeiro filme e aguardavam a continuação ansiosamente. Apesar do feriado nos Estados Unidos do Dia de Ação de Graças, a disputa nas bilheterias agora está mais acirrada com ‘Wicked’ (2024) e ‘Gladiador 2’ (2024). Importante citar que a direção mudou entre um filme e outro. O primeiro foi dirigido por John Musker e Ron Clements, conhecidos por dirigirem ‘Aladdin’ (1992), ‘A Pequena Sereia’ (1989), ‘A Princesa e o Sapo’ (2009) e outras animações da Disney desde a década de 90. Já o segundo filme foi dirigido por um trio de diretores em que todos estão estreando na direção: David G. Derrick Jr., Jason Hand e Dana Ledoux Miller. Dos três, o único que já teve experiência com animação foi Hand, que participou do roteiro de ‘Encanto’ (2021), vencedor do Oscar de Melhor Animação em 2022. 

Após os acontecimentos do primeiro filme, Moana (interpretada por Auli’i Cravalho) recebe outro chamado dos seus antepassados e agora está atrás de novos povos em outras ilhas. Para isso, ela precisa encontrar a ilha perdida de Motufetu, que conectava os oceanos no passado.

Créditos: Walt Disney Pictures/Walt Disney Animation Studios

Existe uma linha de qualidade entre as sequências da Disney que, convenhamos, não é uma linha tão alta. Tradicionalmente, essas sequências acabam caindo numa fórmula que já conhecemos bem, parecido com o que são os Live-actions hoje (que inclusive Moana terá um para chamar de seu). Apesar de ‘Moana 2’ ainda seguir resquícios dessa fórmula, há elementos que o fazem superar não só outras sequências, como até o primeiro filme sobre a princesa de Motunui. Enquanto no primeiro filme o ponto forte eram os números musicais e as cenas conjuntas entre Moana e Maui (interpretado por Dwayne Johnson), o segundo acaba corrigindo a principal deficiência do antecessor que era ter mais aprofundamento na mitologia daquele universo. Existia, sim, várias citações e contações de histórias sobre os ancestrais e os deuses, mas foram feitas de uma maneira bastante solta, como se tivesse que ser incluído ali a força. Neste segundo, essa questão está mais atrelada à narrativa e com o desenvolvimento da história, está inserida de maneira mais envolvente e ajuda a narrativa a progredir.

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Apesar desse ponto, o filme parece si próprio se prender nesta tentativa de ser apenas uma sequência que não frustre os fãs da animação original. Mesmo com um orçamento considerável, há uma clara discrepância em comparação ao primeiro sobre a qualidade gráfica, é notável a diferença, mas é algo esperado e que normalmente acontece nas continuações da Disney. Assim como é esperado pelas animações dos grandes estúdios, principalmente nos últimos anos, a preocupação em não se comprometer ou se arriscar mais. Não me refiro nem sobre matar ou não personagens (ou até mesmo protagonistas), mas situações mais simples como tirar os poderes de certo personagem ou finalizar a história como ela é, tudo, no final, precisa voltar para o que era no início para deixar em aberto uma continuação (como a cena pós-crédito faz crer). A relação entre os novos personagens (Moni, Kele e Loto) acaba fluindo bem, mesmo que, claro, não alcance a relação entre Moana e Maui. A dublagem brasileira, como sempre, traz um tom único aos personagens, principalmente em Kele e no seu humor que deve divertir bastante os mais jovens. 

‘Moana 2’ acaba sendo o que se espera de uma continuação da Disney, sem se arriscar ou propor algo novo, apenas tentando não se comprometer e entregar uma história que vai atrair as pessoas para o cinema pelo nome da princesa. Apesar de acabar inserindo melhor a mitologia e expandir mais a mesma, não tem o mesmo carisma e impacto que o primeiro. Ainda assim, com certeza será uma opção de entretenimento para as férias e feriados de fim de ano.

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