Há algo no esporte, e no fascínio global que os protagonistas geram, que desperta uma tendência à idolatria. Quando isso se combina às vidas de herois que partiram cedo demais, surge um desejo profundo de lembrar e relembrar
Ao longo de seis episódios, "Senna" vai mostrar, pela primeira vez, a trajetória de superação, desencontros, alegrias e tristezas de Ayrton, desbravando sua personalidade e suas relações pessoais.
O ponto de partida é o começo da carreira automobilística do tricampeão de Fórmula 1, quando ele se muda para a Inglaterra para competir na Fórmula Ford, e segue até o trágico acidente em Ímola, na Itália, durante o GP de San Marino.
Seja na Netflix ou em outros serviços de streaming, todos apostam nessas histórias. E, ao final de 2024, é impossível ignorar o legado onipresente do ídolo brasileiro Ayrton Senna no mundo.
Recentemente, Lewis Hamilton pilotou o McLaren MP4/5B de 1990, carro de seu heroi, na chuva em Interlagos, arrancando aplausos de milhares de brasileiros nas arquibancadas. Agora, a homenagem mais recente chega com a série Senna, que estreou nesta sexta-feira na Netflix.
Em seis episódios de mais de uma hora, a produção começa de forma emblemática: revivendo os últimos momentos de Senna no Grande Prêmio de San Marino de 1994, na fatídica curva Tamburello.
Dessa cena de alta tensão, a narrativa volta três décadas para São Paulo, quando um garoto ganha seu primeiro kart de presente do pai, e dali segue cronologicamente, explorando sua trajetória desde o kart no Brasil até a Fórmula Ford no Reino Unido.
Gabriel Leone entrega uma atuação marcante, equilibrando os dois lados de Senna: de um lado, o homem empático e comprometido com mudanças em seu país e na segurança do automobilismo; de outro, o competidor implacável!