ter, 20 maio 2025

Crítica com Spoilers | Missão Impossível – O Acerto Final

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O TEXTO ABAIXO POSSUI SPOILERS DA TRAMA DO FILME. LEIA POR SUA CONTA EM RISCO.

Missão Impossível – O Acerto Final funciona no quesito nostalgia e celebração da figura de Ethan Hunt/Tom Cruise com este universo. Mas também numa escala ultra exagerada em salvar o mundo. Talvez possa soar um pouco sério o tom do filme, porém ele consegue casar bem com a ideia de luta anti-inteligência artificial que o longa propaga, constantemente colocando os seres humanos para elaborarem e executarem todo o plano, claro, com o maior destaque para nosso protagonista.

O filme desde seu início estabelece uma homenagem e retrospecto dos feitos de Ethan ao longo dos quase 30 anos da franquia. E para alguns pode parecer num tom egocêntrico, mas as escolhas servem mais para um engrandecimento dessa imagem do ator e sua paixão com o cinema em si e a luta por entregar filmes e momentos inesquecíveis, uma amor já declarado de Tom Cruise pela sétima arte. Não só pela entrega corporal dele, em diversas situações de quase morte e lesões no set, mas uma busca por realizar as ações, sem dublês, e com um discurso muito claro e direto contra a inteligência artificial, tão em alta nos dias de hoje. Não à toa, o agora insere uma imagem de Hollywood sendo destruída ao projetar imagens do mundo em uma possível 3º guerra Mundial.

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E o papel de destaque escancarado do nosso protagonista não tira o brilho de sua equipe, que sempre é aberta às constantes mudanças de personagens. Aqui não é diferente, a decisão de matar o Luther é aquele sacrifício da velha guarda da franquia para realizar um peso com sua “última missão”. Diferente do anterior, o sacrifício de Ilsa pareceu um tanto desnecessário e fraco com o que o filme quis representar, mas aqui, Luther ressalta que está onde precisa terminar e sustenta o discurso de importância de Ethan e suas boas ações. Essa mutação contínua da equipe de Ethan é sempre bem vinda, rostos conhecidos juntados com novos personagens, todos com um papel relevante na trama.

Outra habilidade é o casamento da direção com a montagem, conseguindo manter interessante um filme de quase 3 horas de duração. E por mais que tenha diversos momentos de explicações, eles acabam sendo necessários devido uma alta mitologia que é resgatada nesse último filme, com excessão é claro de uma repetição constante do que todos precisam na missão final do longa.

A parte mais séria do filme é voltado para uma decisão de mostrar os bastidores militares e decisões limites sobre um uso ou não envolvendo missões nucleares, ameaçadas de controle pela entidade. Por mais que adote um tom mais sério quanto a situação enquanto combina uma missão beirando o impossível com o personagem de Ethan, o longa consegue combinar essa ideia de decisões humanas com o conceito estabelecido, neste caso passado através da personagem da Angela Basset, a presidente dos Estados Unidos e sua decisão final de não ceder ao óbvio esperado pela entidade, estabelecendo uma conquista humanitária e empática.

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E quanto a parte prática, envolvendo as duas cenas mais comentadas do novo filme, existe a tão falada cena do submarino, cujo diretor confirmou adiamentos da produção devido tamanha dificuldade em filmar. A recompensa é boa, não chega a ser algo revolucionário ou tão impactante, porém a ideia de uma caminhada dentro de um submarino abandonado enquanto ele vai caindo e girando com nosso herói envolto de muitas maneiras de morrer é divertido. Claro que existe uma saída fácil envolvendo tudo isso, talvez não demonstrando uma consequência real, ainda mais com Ethan Hunt tirando o traje e não tendo qualquer prejuízo envolvendo a pressão marinha, além do congelamento mostrado.

Já o grande chamariz e recompensa fica por conta da cena envolvendo os dois aviões. Algo que representa a batalha final desta jornada e um casamento perfeito da ideia de soluções por humanos, duas pessoas decidindo corporalmente o destino da humanidade. E mais uma prova da entrega do ator e uma preocupação(até perigosa) em gerar as imagens o mais próximo da realidade.

Enquanto diversos artistas demonstram seu amor pela arte em atuações, fotografia, direção, etc. Aqui temos uma prova de amor ao cinema de ação e um resgate tão exigido por Tom Cruise em seus últimos trabalhos, praticamente na última década, e caminhando para homenagear sua figura tão importante na franquia Missão Impossível – O Acerto Final é um bom encerramento com a franquia, ele representa o discurso mais direto em tela contra essa onda IA que chegou ao cinema, mas também é uma homenagem sem cair na nostalgia barata que algumas produções de Hollywood entregaram recentemente.

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