qui, 17 julho 2025

Crítica | Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado (2025)

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A sequência da franquia Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado abraça a circularidade do tempo e retorna ao mesmo ponto de partida com um novo elenco, novas escolhas erradas e as mesmas consequências aterradoras.

Quase trinta anos após o acidente original que inaugurou o reinado de horror do Pescador, outro grupo de jovens adultos se vê enredado na tragédia. A diretora Jennifer Kaytin Robinson, ao lado do corroteirista Sam Lansky, não se propõe a reinventar a franquia, mas a celebrar seus elementos centrais enquanto os adapta aos códigos e gostos de um público contemporâneo.

O resultado é um slasher robusto, consciente de sua herança, que escapa por pouco das armadilhas do trauma dramatizado ao escolher a diversão sangrenta como bússola narrativa.

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A trama repete — com afeto e ironia — os passos do original de 1997: um grupo de amigos retorna a Southport para a festa de noivado de Danica (Madelyn Cline) e Teddy (Tyriq Withers), carregando bagagens emocionais não resolvidas, especialmente entre Ava (Chase Sui Wonders) e Milo (Jonah Hauer-King). A tentativa nostálgica de reviver os velhos tempos termina numa estrada fatal, com a morte de um motorista desconhecido. Um ano depois, mensagens ameaçadoras e cadáveres surgem, reacendendo a lenda do Pescador e iniciando a nova caçada.

Robinson enche sua narrativa de referências à franquia, desde os cenários até o retorno de Julie James (Jennifer Love Hewitt) e Ray Bronson (Freddie Prinze Jr.). É evidente que sua abordagem visa agradar os fãs de longa data, oferecendo fan service direto, ainda que às vezes mal explorado.

O elenco, embora numeroso, é construído em torno de estereótipos familiares — Danica como a nova Helen Shivers, Ava como a nova Julie — e a diretora se diverte invertendo expectativas e expandindo a escala das mortes.

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A ordem dos assassinatos é imprevisível, e o temperamento do Pescador é mais brutal do que nunca. As sequências de perseguição, agora multiplicadas e intensificadas, confirmam que esse elemento continua a ser o trunfo absoluto da franquia.

Ainda assim, a história abre mão de se aprofundar nos temas que ela mesma ensaia — como o contraste entre privilégios e classe trabalhadora ou o romance truncado entre Ava e Milo. O assassino é revelado sem grande surpresa, e as poucas tentativas de desenvolver um mistério mais elaborado acabam diluídas.

Apesar disso, há algo de tocante na forma como as amizades sobrevivem ao trauma e tornam-se o alicerce emocional da história. Ao contrário do original, o acidente não aniquila por completo os laços afetivos; eles cambaleiam, sim, mas revelam resiliência e afeto genuíno, culminando em uma cena pós-créditos com impacto emocional inesperado.

Em última instância, Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado é uma sequência fiel ao espírito da franquia, um filme que prefere reviver o que funcionou em vez de correr riscos narrativos. Com um elenco novo que conquista por carisma e uma contagem de corpos elevada, o longa se afirma como um slasher competente e palatável — feito sob medida para quem já carregava o peso desse verão desde a década de 1990.

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