Quem esperava revisitar os três primeiros Dragon Age com cara nova vai ter que esperar. A Electronic Arts decidiu não aprovar a proposta da BioWare para um remaster da trilogia, segundo o relata o site Jogaverso. O veto combina obstáculos técnicos pesados e pouca disposição da publicadora para bancar esse tipo de relançamento.
O maior problema está na base tecnológica. Diferente de Mass Effect: Legendary Edition, que aproveitou a Unreal Engine em todos os jogos, cada título de Dragon Age foi feito em um motor gráfico diferente: Origins rodou na Eclipse Engine, Dragon Age II na Lycium e Inquisition na Frostbite. Para o primeiro jogo, isso significaria praticamente refazer tudo do zero.
Darrah também citou um fator histórico: “A EA historicamente tem sido — e eu não sei bem porquê, mas eles já disseram isso publicamente — contra remasters”. De acordo com ele, a empresa ainda exigiu que o projeto fosse financiado com o orçamento já disponível da BioWare, algo inviável enquanto o estúdio concentra recursos no próximo Mass Effect.
O desempenho fraco de Dragon Age: The Veilguard, lançado em 2024, parece ter pesado na decisão. O jogo não bateu as metas de vendas da EA, o que pode ter reduzido o interesse da publicadora em investir novamente na série no curto prazo. A confiança no retorno comercial da franquia, ao menos por enquanto, está baixa.
Essa escolha contrasta com o caso de Mass Effect: Legendary Edition, que recebeu boa recepção e ajudou a recuperar a imagem da BioWare após os problemas de Andromeda e Anthem. Para muitos fãs, um remaster de Dragon Age poderia ter efeito parecido, reacendendo o interesse pela série.
Com a BioWare focada totalmente no próximo Mass Effect, o futuro de Dragon Age segue indefinido. Para uma franquia que já levou o prêmio de Jogo do Ano, a ausência de novos projetos relevantes deixa uma lacuna difícil de ignorar.