dom, 17 agosto 2025

Crítica | Cortina de Fumaça

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Cortina de Fumaça é uma série de suspense inspirada em fatos reais e no podcast “Firebug”, sobre a investigação de incendiários em série na Califórnia, acompanhando a detetive Michelle Calderone (Jurnee Smollett) e o investigador de incêndios criminosos Dave Gudsen (Taron Egerton). 

A trama, criada e roteirizada por Dennis Lehane (Sobre Meninos e Lobos) explora com sagacidade a obsessão por justiça e a busca desenfreada pela verdade, criando uma verdadeira teia de aranha repleta de reviravoltas sobre o autor dos crimes. Lehane cria um thriller psicológico que funciona quase como um estudo de personagem, mostrando que os personagens da produção são humanos falhos e possuem virtudes e defeitos, ninguém é é 100% bom ou 100% mau. O que faz com que o espectador duvide, de tudo e todos no desenvolver da história. Porém é aqui que mora um problema do show, no segundo episódio o mistério da série é resolvido e o que resta é a acompanhar a dinâmica dos personagens, essa reviravolta pode frustrar alguns, mas para aqueles que permanecerem o desenrolar da história irá agradar é surpreender pela ousadia.

O texto inicialmente constrói um estudo cruel sobre a solidão é as consequências que isso pode causar na vida de alguém que já está debilitado mentalmente. O ator Ntare Guma Mbaho Mwine (Memories of Love Returned) é o responsável por construir o personagem que aborda esse arco e merece todos os prêmios existentes por sua atuação monstruosa na série. Os outros destaques são: Taron Egerton (Kingsman) e Jurnee Smollett (A Ordem) que possuem uma química espetacular, a complexidade de como os seus personagens se relacionam na história incendeia a trama, em especial quando eles surgem juntos. Quando o show resolve o arco do personagem de Mwine, são eles que carregam o restante da história e eles dão conta. O restante do elenco tem seu espaço, mas é inegável que o show pertence a Egerton e Smollett, que roubam todo o brilho para si nas cenas em que aparecem.

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A produção tem um ritmo cadenciado no seu começo, mas ele acelera com o tempo e mantém um ritmo satisfatório do meio para o fim da sua primeira temporada. As cenas envolvendo incêndios são assustadoras e pra lá de realistas, destaque para o incêndio do primeiro episódio que é apresentado pelo ponto de vista da vítima, que é brutal e pra lá de chocante.

Sem mais detalhes para não estragar a experiência, posso afirmar que Cortina de Fumaça é uma produção que queima com autenticidade e deixa fagulhas de curiosidade no espectador sobre o foco da sua segunda temporada. Que ela seja confirmada logo, os fãs de thrillers psicológicos agradecem.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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