sáb, 23 agosto 2025

Crítica | Amores à Parte

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O diretor, ator e co-roteirista Michael Angelo Covino se une novamente ao co-estrela e co-roteirista Kyle Marvin para aquele tipo de filme que começa com uma situação meio absurda — um casal em crise, no meio de uma estrada, depois de um acidente — e vai ficando cada vez mais estranho, mas de um jeito que prende.

Em Amores à Parte, vemos que Carey (Kyle Marvin) e Ashley (Adria Arjona) estão claramente no fim do relacionamento, e o pedido de divórcio dela é só o empurrão que faltava pra ele cair num buraco emocional. Ele vai parar na casa do melhor amigo, Paul (Michael Angelo Covino), que vive um casamento aberto com Julie (Dakota Johnson). E aí começa o caos.

O filme não tenta ser fofo ou reconfortante. Ele é engraçado, sim, mas daquele jeito que te faz rir e pensar “nossa, isso é meio triste também”. Carey é um cara perdido, tentando entender o que deu errado, enquanto se envolve demais na vida do amigo. Paul, por sua vez, é um furacão de energia e impulsividade, e Julie parece estar sempre a um passo de explodir, mesmo quando está sorrindo. A dinâmica entre os três é cheia de tensão, ciúmes, confusão — e tudo isso é mostrado com um humor meio seco, meio desesperado.

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O roteiro brinca com a ideia de comédia romântica, mas vira tudo de cabeça pra baixo. Não tem romance idealizado, não tem finais felizes garantidos. Só gente tentando se entender, tropeçando nas próprias escolhas. A direção utiliza cenas longas e bem coreografadas que deixam tudo mais intenso, e a trilha sonora entra nos momentos certos pra dar aquele empurrão emocional.

Dakota Johnson está ótima como Julie — ela não precisa de grandes falas pra mostrar que está cansada, frustrada, talvez até entediada com a própria liberdade. Adria Arjona traz uma Ashley cheia de dúvidas, que quer mudar de vida mas não sabe bem como. E Marvin segura bem o papel de cara comum, meio bobo, que a gente acaba torcendo pra que se encontre, mesmo que ele só faça besteira.

No fim das contas, “Amores à Parte” é sobre relacionamentos que não funcionam, sobre expectativas quebradas, e sobre como às vezes a gente precisa se perder completamente pra começar a se entender. Não é leve, mas é honesto. E isso já é muita coisa.

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