ter, 16 setembro 2025

Crítica | Gen V (2ª Temporada)

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Enquanto o resto dos Estados Unidos se adapta ao domínio férreo de Capitão Pátria, no Godolkin College, o misterioso novo reitor promove um currículo que promete tornar os alunos mais poderosos do que nunca. Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) são celebradas como heróis, enquanto Marie, Jordan (London Thor) e Emma (Lizze Broadway) retornam relutantemente à escola, sobrecarregadas por meses de trauma e perda. Mas a preocupação com festas e aulas se torna uma batalha árdua, com uma guerra entre humanos e supers se formando dentro e fora do campus. O grupo descobre a existência de um programa secreto que remonta à fundação da Universidade Godolkin e que pode ter implicações de longo alcance. E, de alguma forma, Marie faz parte dele.

A segunda temporada de Gen V tem duas funções muito bem definidas em seu retorno. Primeiro, aprofundar os elementos já apresentados na série derivada e, segundo, servir como desenvolvimento para o encerramento da quinta temporada de The Boys. Afinal de contas, a produção original precisa de tempo para mostrar como anda o seu universo após a revolução vista na quarta temporada e Gen V ajuda a série original a mostrar como o mundo está dividido e retrata assustadoramente como os EUA se encontram atualmente. No fim, a produção cumpre bem ambas propostas. Nos três primeiros episódios voltamos a dinâmica base da primeira temporada e vemos o drama de jovens usando poderes na faculdade e a relação entre os personagens centrais com um grande mistério. Porém, esses episódios servem apenas com base e gradativamente novos elementos surgem afim de aprofundar a diabólica história do novo ano. O primeiro episódio é dedicado ao luto e justifica a ausência do personagem Andre Anderson de modo elegante (o ator Chance Perdomo faleceu antes de gravar suas cenas). Já o segundo episódio foca em apresentar uma nova dinâmica entre os seus personagens centrais do novo ano e só a partir do terceiro é que as coisas embalam de vez.

O elenco é maravilhoso e cada um deles ganha espaço para brilhar nos sete episódios da nova temporada, mas o show pertencem a dois personagens: Emma (vivida por Lizze Broadway) que encanta com seu charme e timming cômico, dando vida aos momentos mais bem humorados do show e o vilão Cypher (vivido por Hamish Linklater) que supera a vilã anterior, sendo uma ameaça sinistra.

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Efeitos especiais e design de produção nem merecem ser elogiados, pois mantém o patamar já visto em outras temporadas e agregam bastante ao show, fazendo inveja a muito filme de super-herói do MCU e DCEU. A violência gráfica também chama a atenção e as cenas de ação são muito bem elaboradas. Prepare-se para limpar a tela de tanto sangue que irá jorrar. As mortes são absurdas e pra lá de criativas. Outro ponto positivo é que a série segue questionando o papel do herói no mundo e a produção segue gerando debates interessantes sobre temas como política, manipulação das massas, fake news e racismo. A comparação/paródia com programas do mundo real rende boas piadas, sendo esses os momentos mais leves da série. Por fim, a trilha sonora é matadora e casa perfeitamente com as cenas, sendo mais um elemento importante na história.

A segunda temporada de Gen V funciona muito bem como uma análise sobre jovens traumatizados que se rebelam contra o sistema e usam isso para descobrem quem realmente são, seja para o bem ou para o mal. Esse é um show que critica com maestria o universo dos heróis (e o nosso também). Uma das melhores séries de 2025! Que venha o desfecho de The Boys para mostrar o que podemos aguardar de uma possível 3ª temporada desse show.

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Destaque

Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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