qua, 22 outubro 2025

Crítica | Mirrors No. 3

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A vida de uma jovem estudante de música sofre uma reviravolta inesperada quando seu namorado morre tragicamente em um acidente de carro, forçando-a a reformular seu caminho.

Por mais que tenha uma previsibilidade na narrativa notada já nas primeiras interações entre os familiares, Mirrors NO. 3 possui uma sutileza dramática que causa um impacto grande sem ao menos precisar se expor ou ter picos dramáticos óbvios. É uma história contada principalmente através dos cenários e dos olhares intensos.

O filme logo em seu início trabalha um aspecto de tensão envolvendo não só o cenário em volta, mas o sentimento da protagonista, tanto fisicamente quanto nas palavras. Uma espécie de presságio do que está por vir.

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Até mesmo o trabalho envolvendo tudo, desde a pouca duração, a pouca presença de atores, sendo alguns apenas vistos de longe ou escondidos, quase como se fossem figuras fantasmagóricas naquele espaço tão belo e necessitado de paz. Tudo isso para conseguir trabalhar a noção e o impacto de um luto jamais superado. Como o ambiente doméstico é afetado, não só fisicamente, com coisas quebradas e sendo largadas, mas nas relações familiares e o distanciamento, a dificuldade de um esforço em reconstruir os lações que restaram.

Divulgação

A figura da Laura traz uma doçura, uma paz, mais um ótimo aproveitamento do diretor com sua musa. A relação dela com Betty é tão orgânica e confortante que você acaba torcendo para tudo ficar bem com aquelas pessoas. E não só isso, o trabalho envolvendo as figuras masculinas e femininas é de uma atenção tamanha. O lado feminino quer reconstruir e trazer amor com aquele lar, enquanto o lado masculino acaba se distanciando, revelando sua atenção ao trabalho, longe de casa, longe da matriarca daquele local.

É um trabalho de duas vidas( a família e Laura) que acaba se tornando necessário uns para os outros. Claro que não apresenta a intensidade e peso histórico tão gigantes quanto Phoenix, porém o drama do luto é sentido através do trabalho mais minimalista do diretor até então. De tantas formas que o cinema já contou o tema luto, Petzold consegue ainda sim criar algo belíssimo e um ótimo trabalho de interação com seus atores.

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