Terror em Shelby Oaks acompanha uma mulher chamada Mia (Camille Sullivan) em um momento trágico de sua vida: a busca desesperada pela irmã caçula desaparecida. Riley (Sarah Durn) era uma youtuber famosa que sumiu sem dar nenhuma pista sobre seu paradeiro. Com o passar dos anos, Mia foi perdendo as esperanças de encontrar a irmã perdida. Até que, de repente, ela recebe uma misteriosa fita com fortes indícios de que Riley pode estar viva. Todo o cenário muda e Mia entra numa procura obstinada e intensa pela irmã novamente. Essa investigação, porém, colocará a jovem no centro de eventos estranhos e sombrios que revelarão informações perturbadoras.
Chris Stuckmann estreia na função de diretor e roteirista. O seu primeiro filme possui alguns pontos altos e outros baixos. A cena de abertura feita em found footage é uma das mais chocantes do ano! Todo o filme, quando foca nesse subgênero do terror remete muito ao clássico A Bruxa de Blair, funciona muito bem. O problema é que de uma hora pra outra o diretor abandona essa narrativa e resolve apostar em uma trama convencional que enfileira clichês do terror e insere decisões, no mínimo curiosas, para os personagens que acompanhamos. Além disso, nenhum personagem tem um arco bem desenvolvido na trama.

Os efeitos visuais transitam entre o correto e o estranho. As cenas que deveriam assustar geram apenas um sentimento de inquietação. A busca pela irmã desaparecida, que toma boa parte da trama, não cativa. A jornada é desinteressante e as pistas que apontam para uma cidade fantasma são difíceis de parecem críveis. Com o tempo, Stuckmann enfileira situações que isoladas até podem impressionar, mas quando observamos como um todo soam inverossímeis. As regravações feitas para melhorar o filme, são perceptíveis e surgem no ato final e melhorando um pouco o que vemos, mas já é tarde para se importar com o destino dos personagens que são muito caricatos.
Terror em Shelby Oaks é um compilado referências do terror. A produção é feita com boas intenções, mas ao acumular tantos clichês elas levam o filme para um lugar comum. O filme de estreia de Chris Stuckmann, deixa a sensação que se ele seguir suas ideias sem sofrer interferências teremos, em breve, ótimos filmes de terror deste diretor. Talento ele possui, faltou apenas a coragem de manter sua visão.


