ter, 18 novembro 2025

Crítica | Wicked: Parte 2

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Demonizada como a Bruxa Má do Oeste, Elphaba vive no exílio, enquanto Glinda reside na Cidade Esmeralda. Quando uma multidão furiosa se levanta contra a Bruxa Má, ela precisa se unir com Glinda para transformar a si mesma e todo o Oz, para o bem.

Em Wicked: Parte 2 fica nítido uma falta de material para trabalhar em suas mais de duas horas de duração. Enquanto o primeiro desenvolve bastante coisa em um filme mais extenso ainda, aqui, fica perceptível o fraco texto para desenvolver algo além do encerramento esperado da história. Até mesmo os atores, que estão ótimos, muito mais devido suas qualidades próprias do que um texto propriamente rico para trabalhar neste filme. A personagem da Glinda, por exemplo, no qual roubou a cena no longa anterior, aqui parece deslocada, flutuando na trama e se apoiando mais na sua conexão com a protagonista.

São muitas idas e vindas ao longo da trama. É uma parte da história que decai comparada ao mostrado anteriormente, é algo que até mesmo na peça original é nítido a queda de qualidade na história. A percepção na história é de um giro repetitivo nessa tentativa de convencer da inocência da Elphaba e dos conflitos entre ela e o mágico. E um ponto que poderia ter ganhado bastante destaque é o conflito envolvendo os animais daquele universo. O desenvolvimento e a solução é bastante preguiçoso e automático, nunca chegando no potencial que poderia. A obviedade do mágico trancafia-los empobrece um conflito maior, e o ponto de quebra entre os animais e a Elphaba é um motivo bastante fraco para tamanho problema que o filme tenta criar.

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Algo interessante é essa mescla que o filme insere com a história original do Mágico de Oz. Com algumas alterações, é curioso acompanhar o outro ponto de vista da história clássica, apesar de nitidamente se tratar de uma história digamos “fan fic” do universo. Aqui, aliás, fica mais gritante ao longo do filme um tom de fanfic do que seu anterior, principalmente ao seu final, brincando com uma referência do clássico filme de 1939.

O lado que chama a atenção dessa inserção é o trabalho envolvendo os clássicos personagens. Enquanto Dorothy fica de costas e deixando o protagonismo para suas duas bruxas, os outros personagens ficam entre uma apresentação interessante ou medíocre. O homem de lata traz um lado mais sombrio com o personagem, enquanto o espantalho é algo completamente deixado de lado e sem desenvolvimento. Já o Leão covarde fica nessa estranheza por conta do CGI e uma origem sem motivação plausível.

Wicked: Parte 2 se apoia muito mais nesse carinho e afetividade com o universo do que propriamente apresenta algo novo além de concluir a história principal. E mesmo assim funciona, devido ao bom trabalho de elenco e construção do mundo, até mesmo a parte musical decai aqui, ficando apenas em uma ou duas músicas no imaginário.

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Destaque

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