qui, 18 dezembro 2025

Crítica | Nouvelle Vague

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Paris, 1959. Um realizador desconhecido, um produtor aventureiro, um orçamento irrisório, uma equipa minúscula, e o projeto louco de rodar um primeiro filme em 20 dias com um embrião de roteiro sobre um marginal em fuga e a sua namorada.

Nouvelle Vague de Richard Linklater se propõe um bastidores por volta de 1h46 minutos da produção do clássico “Acossado”, filme mais influente do diretor Jean- Luc Godard. Então, vamos acompanhar as escolhas de elenco, discussões, dificuldades na produção, atrasos, etc. O principal problema fica por conta de ser um filme completamente inofensivo.

O detalhe principal é a repetição, vamos acompanhar os vinte dias de produção e os pequenos conflitos entre direção, atores e produtores para o material final. O filme não consegue oferecer nada além disso, os pequenos conflitos existentes, até embates físicos, são puramente ensaios, não existe um impacto existente. Tem uma crescente de revolta da atriz Jean Seberg, mas nada desenvolvido ou gerado para um conflito, fica apenas entre cutucadas entre ela e o Godard, e quando o filme termina, fica por isso mesmo, sem nada a explodir.

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Até a figura do Godard, que é bem simpática no geral, os momentos onde ele exerce uma figura babaca e maluca são bem inofensivos, tudo muito calculado, parece que o Linklater teve algum dó de retratar esses momentos mais verdadeiros e humanos do mesmo. Fica tudo entre um cômico físico e textual do diretor e algumas frases folgas de efeito para caracterizar essa técnica específica com que ele montava seus filmes, especialmente Acossado.

Mas além dos problemas, a caracterização da época é excelente. As pequenas apresentações de cada pessoa envolvida no elenco, atores, amigos, etc é impecável, as escolhas a dedo de cada ator representando é ótima. E acaba virando um fan service que funciona para esse meio cult do cinema, os momentos de encontro com diretores famosos como Bresson ou Mellvile são formidáveis.

Um filme que talvez funcionasse melhor como um curta ou média metragem de bastidores e brincadeiras cinéfilas estendido para um longa de quase duas horas. Não existe algum peso dramático aqui para desenvolver conflito, é mais uma homenagem inofensiva e esquecível de um grande momento do cinema.

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