A História do Palavrão, é uma série documental apresentada por Nicolas Cage. A produção orgulhosamente profana explora as origens, o uso da cultura pop, a ciência e o impacto cultural dos palavrões. Por meio de entrevistas com especialistas em etimologia, cultura pop, historiadores e artistas, a obra mergulha nas origens de “F ** k”, “Sh * t”, “B * tch”, “D ** k”, “Pu ** y” e “Droga”.
Como pode ser visto, o foco da série documental são os palavrões de origem inglesa. Isso é algo prejudicial para quem não domina a língua já que o mesmo palavrão pode significar diversas coisas diferentes dependendo do seu complemento. A tradução é estranha e alguns momentos não fazem sentido. Palavras como F*ck, D*ck são prejudicadas e as piadas não funcionam, no texto. Para quem domina a língua isso não será problema. Os convidados da atração (atores e comediantes) são tantos que poucos no fim se destacam. Vale citar a participação do ator Isiah Whitlock Jr. (Destacamento Blood) no episódio 2 que é a melhor de todas.
No quesito informação a série é perfeita e explica a etimologia de diversas palavras e faz um resgate histórico interessante dos termos. Como por exemplo a explicação do termo F*ck que tem haver com a realeza. No quesito humor, o grande destaque é Nicolas Cage (Mandy) que está ótimo como apresentador e leva a sério a proposta. As melhores sacadas ficam a cargo do ator. Quanto as informações dos palavrões no cinema, elas informações são poucas, mas são interessantes. Como por exemplo as relacionadas ao Código Hays, que foi um conjunto de normas morais aplicadas aos filmes lançados nos Estados Unidos entre 1930 e 1968 pelos grandes estúdios cinematográficos. Ou a relacionada ao ator mais desbocado do cinema (o líder é uma surpresa).
A História do Palavrão é uma série documental interessante no quesito informativo, mas que devido as barreiras linguísticas pode não agradar para quem não tem o domínio do inglês (a tradução não ajuda) e o excesso de participações nos episódios não acrescenta muito, a série que tem Nicolas cage como grande destaque.
Ps. Os mais puritanos devem odiar a produção. Então não assista.