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A Mãe | Filme de Cristiano Burlan, foi selecionado para o Festival de Gramado; Confira!

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O novo trabalho do cineasta Cristiano Burlan, A MÃE, fará sua estreia nacional competindo no Festival de Gramado, que acontece entre 10 e 20 de agosto. O filme que foi exibido e premiado no Festival de Málaga traz como protagonista Marcelia Cartaxo, como uma mulher cujo filho desapareceu, e ela fará de tudo para o encontrar. A produção do longa é assinada pela Bela Filmes, em coprodução da Filmes da Garoa e Cup Filmes, que também é responsável pela sua distribuição.

“Marcelia foi ovacionada no Festival de Gramado em 2019, onde saiu premiado como melhor atriz por sua performance em Pacarrete, e eu, apesar de morar em São Paulo há anos, nasci no Rio Grande do Sul, por isso, ter nosso filme exibido no Festival de Gramado, torna tudo muito especial.”, diz o diretor Cristiano Burlan.

Roteirizado por Burlan e Ana Carolina Marino, o longa tem ao centro Maria (Marcelia, prêmio de Melhor Atriz no Festival de Berlim, por “A Hora da Estrela”), uma mulher que procura seu filho que pode ter sido assassinado por policiais militares durante uma ação na vila onde moram.

Maria embarca, então, numa jornada em busca desse filho, e precisa enfrentar a burocracia opressora das grandes metrópoles para poder vê-lo uma última vez. Assim, A MÃE coloca o foco em outro elemento afetado pelo genocídio sistemático nas periferias brasileiras: como ficam as matriarcas que perdem seus filhos e filhas?

Burlan conta que desde o início do projeto teve Marcelia como o rosto de Maria. “Um rosto que reflete a dureza da vida, mas também sua inocência e compaixão.” Além dela, o filme conta também com Helena Ignez, Henrique Zanoni, Ana Carolina Marinho, Kiko Marques, Hélio Cícero, Mawusi Tulani, Che Mois, Tuna Dwek, Carlos Meceni, entre outros.

O longa foi rodado em São Paulo, no começo de 2020,  com locações no centro de São Paulo e no Jardim Romano. O filme dá continuidade ao trabalho desenvolvido pelo, com documentários e ficções, que visam trazer humanidade para as populações periféricas.

Meu irmão foi assassinado pela polícia em 2001. Dois anos depois, fiz o documentário ‘MATARAM MEU IRMÃO’. Em 2012, minha mãe foi morta pelo namorado e em 2017 fiz ‘ELEGIA DE UM CRIME’. Minha história não é uma exceção. A impunidade, o preconceito, a desigualdade, a mídia e os governos transformam essas vidas em números. Mas por trás das estatísticas existem irmãos, amigos, mães e filhos”, diz Burlan.

A MÃE tem distribuição da Cup Filmes, codistribuição da Spcine e Secretaria Municipal de São Paulo Patrocínio da Sabesp, Incentivo da São Paulo Film Comission, Prefeitura de São Paulo, Proac, Governo do Estado de São Paulo Investimento BRDE FSA ANCINE. 

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