sáb, 27 julho 2024

As Linhas da Minha Mão estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 11 de abril

Publicidade

Grande vencedor da Mostra Aurora do Festival de Tiradentes de 2023, AS LINHAS DA MINHA MÃO, de João Dumans, estreia nos cinemas em 11 de abril em Belo Horizonte, Goiânia, Poços de Caldas, Brasília, João Pessoa, Aracaju, Palmas, Recife, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre e Niterói. A estreia do longa em São Paulo e no Rio de Janeiro será no dia 18 de abril. A classificação indicativa é de 14 anos.

O filme nasce a partir de uma série de encontros entre o cineasta e a artista Viviane de Cássia Ferreira, nos quais ela fala sobre a vida, seu trabalho e sua própria experiência com a loucura. A produção é da Katásia Filmes, e a distribuição da Embaúba Filmes. 

Minha questão em relação à Viviane, minha percepção e fascinação por ela, estão muito relacionadas à clareza e a precisão com que ela é capaz de articular certas ideias sobre a vida e sobre a loucura. Com o seu poder de síntese e de explicação de realidades e estados emocionais complexos. Coisas que me parecem ser bem difíceis de formular. Seja em relação à loucura, à solidão, a questões afetivas e sexuais”, explica Dumans.

Atriz do núcleo Sapos e Afogados, um dos grupos teatrais mais importantes do Brasil na área de criação e saúde mental, Viviane se abre diante da câmera sobre questões delicadas como o próprio adoecimento, já que convive desde os 30 anos com o diagnóstico de Transtorno Bipolar. No filme, ela fala de forma aberta também sobre a sua solidão e sobre a sua sexualidade, dois temas tabus para mulheres mais velhas na sociedade brasileira. Mas o faz de uma maneira leve, engraçada e cativante, o que leva as pessoas a se identificarem com a sua personagem e a perceberem essas questões de um ângulo diferente.

“Fico pensando na depressão como uma senhora fria e triste que vai ao nosso portão todas as manhãs, como diz o verso de uma banda da minha época. Na música, a pessoa sorri e manda ela ir embora. Tenho que fazer esse exercício diário. E cada vez que consigo, a sensação que vem é a de juventude. De que tenho mais vida. Porque a depressão é o polo oposto, é a pulsão de morte. A euforia é uma pulsão de vida, mas não posso ir para lá, nem para cá, tenho que ficar navegando. E, nesse sentido, é importante ter pessoas, afetos a quem eu possa confiar. E dá certo. Normalmente, são pessoas mais jovens que eu. Gosto da força da juventude. Fui mãe muito cedo, aos 16 anos, e isso interfere… Parei tudo e fui criar minha filha. Trabalhei muito. E deu certo. Cada batalha que ganho da doença me deixa tão feliz… Isso me rejuvenesce um tanto.”, conta a artista.

Publicidade

Para mim, as coisas super se confundem, porque gosto mesmo de trabalhar. Nem me chamo de atriz, me nomeio ‘performer entre arte e vida’. Onde meu trabalho está, há uma verdade muito pessoal, particular e subjetiva. E o contrário também é verdade. Quero que a minha arte reflita isso. Por isso foi muito legal o meu encontro com o João, porque ele se dispôs a isso. O mais quente da interpretação é a própria vida. Isso se confunde o tempo todo, mesmo quando são só memórias. Nossas memórias estão cheias de vida”, confessa a artista.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | Bad Boys: Até O Fim

Em Bad Boys 4, os polícias de Miami, Mike Lowrey e Marcus...

Crítica | The Acolyte

      Star Wars possui um legado imenso e seria redundante...

Divertida Mente 2 | Disney confirma sequência da animação!

Divertida Mente é sem dúvidas um dos maiores sucessos...

Crítica | Os Observadores

Uma artista de 28 anos fica presa em uma...
Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]