ter, 30 abril 2024

Crítica | 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi

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Em 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi (Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto), o jovem Akira Tendo era só mais um empregado intimidado pelo chefe explorador. Mas tudo o que esse homem precisava para finalmente se sentir vivo era um ataque de zumbis.

É incrível como a fórmula de misturar o horror de um apocalipse zumbi com um bom humor inocente e divertido, estilo este aperfeiçoado por Todo Mundo Quase Morto (2004) e Zumbilândia (2009) – que beberam da mesma fonte de clássicos trash da década de 1980, como A Morte do Demônio, aperfeiçoando o tema para o cinema do século XXI -, ainda consegue divertir e apresentar novidades, mesmo que sejam escassas. Baseado no mangá, iniciado em 2021, e anime Zom 100: Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi (Zom 100: Bucket List of the Dead), 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi é mais uma comédia de ficção distópica, que acena levemente para o terror e consegue entreter o público, entregando violência e humor gráfico e uma história simples, porém cativante e com certas doses de ironia.

Há uma interessante reflexão ao excessivo trabalho cobrado por indivíduos poderosos de seus subordinados, principalmente em países asiáticos, em 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi. Alusões ao fato de você se tornar um “zumbi” do sistema na qual presta seus serviços e dá o seu sangue também são encontradas na comédia, sendo, na verdade, bem escancaradas devido aos excessos narrativos e até exageros, comuns em produções que prezam pela descontração. O roteiro de Haro Aso e Tatsuro Mishima, que tem como base o mangá de Kotaro Takata, opta pelo divertimento apresentado pela história e tem o meticuloso trabalho de unir sua trama divertida a essas questões consideradas mais sérias que podem levantar questionamentos de quem se vê pressionado em seus trabalhos. Claro, para alcançar um público mais jovem e não perder a essência descontraída em diálogos e situações mais críticas, o filme apela para um lado besteirol e até, por vezes, sentimental, que não poupa frases de efeito e flashbacks repetitivos.

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Imagem: Netflix/Reprodução

A direção de Yûsuke Ishida, por outro lado, é mais eficiente que a escrita e proporciona a narrativa um ritmo acelerado que este necessita para o seu desenvolvimento. A condução das cenas de ação também é bem detalhada e coreografada, contando também com ângulos que favorecem o caos da situação e momentos de tensão. Aliás, a construção visual dos zumbis, que não escapa do tradicional, é preenchida com ótimas performances dos figurantes e, claro, pelo exímio trabalho de maquiagem realizado pela produção.

O elenco de 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi está bem representado por Eji Akaso, Mai Shiraishi e Shuntarô Yanagi como o trio protagonista: o esperançoso e inocente Akira Tendo, a destemida e fechada Shizuka e o amigo “bobão” Kenichiro. Personagens altamente caricatos que funcionam, na devida das proporções, assim como o antagonista Kosugi, interpretado por Kazuki Kitamura, que consegue passar uma imagem de chefe intimidador com maestria.

Com efeitos visuais computadorizados mediados, ótimas coreografias e excelente performance dos “zumbis” em cena, 100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi é uma opção genuína de entretenimento para fãs do subgênero “filmes de zumbi” com altas doses de comédia.

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