dom, 22 dezembro 2024

Crítica | 1917

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Tiros, explosões, combates, esse é o resumo básico da maioria dos filmes de guerra. Porém alguns filmes conseguem com maestria extrair outros aspectos únicos desses momentos. É o caso de longas como “O Resgate do Soldado Ryan” e “Dunkirk“. Esses filmes são uma verdadeira aula de como fazer cinema e para nossa sorte essa galeria de longas memoráveis, ganha mais um nome: 1917 vem aí para comprovar que o prêmio do Globo de Ouro não foi sorte e que é sim, um forte concorrente ao Oscar 2020. Assistir esse longa é uma experiência enervante, intensa e tocante. Prepare-se para ver uma película com um apuro técnico raro, algo poucas vezes vistas no cinema.

A trama de 1917 é simples e bastante objetiva: durante a Primeira Guerra Mundial, dois soldados britânicos, partem em uma missão para transmitir uma mensagem aos seus compatriotas. Há uma armadilha montada pelos alemães e, caso eles não consigam avisar a tempo, milhares de soldados morrerão – inclusive o irmão de um deles. Acontece que para chegar no seu destino final, os dois amigos precisam atravessar zonas inimigas, enfrentando diversos perigos. Simples né? É o que faz algo tão simplista ser tão memorável? A resposta é: o modo como se conta a história! Sam Mendes (007 – Operação Skyfall) em parceria com Krysty Wilson-Cairns (Last Night in Soho) escrevem um roteiro objetivo e que faz a todo momento o espectador se sentir parte da trama, para completar essa imersão Mendes tem a brilhante, é inovadora ideia, de realizar todo o filme num imenso plano sequência. Os cortes na trama existem, mas são quase imperceptíveis em sua maioria é isso faz a audiência ficar vidrada na tela, como poucas vezes se vê no cinema. Um dos planos sequência mais memoráveis, existem vários na trama, envolve um avião que caí em cima dos protagonistas! A sequência é impecável, mas existe muitas outras que não contarei para não estragar sua experiência.

A direção de Sam Mendes inova na técnica de realizar planos sequência é usa muito bem os espaços para colocar sua câmera, que a todo momento acompanha essa jornada de perto, trazendo uma sensação intimista a obra. Como resultado dessa aproximação tudo aqui é sentido em dobro – sentido por eles e por nós – a tensão, a ação, o suspense, a dor e as fortes emoções que o longa reserva, vem com doses cavalares. Todos os elementos citados são muito bem desenvolvidos mesmo com uma trama de apenas 2 horas, que passam voando. Das sensações citadas o destaque fica para as cenas de ação que são muito bem orquestradas e criativas. Mendes conseguiu capturar os horrores do imenso campo de batalha com maestria. A direção, fotografia e edição de som merecem serem premiadas no Oscar 2020 e se não forem serão a maior falha da história da premiação. Prepare-se para ficar maravilhado, chocado, assustado e sentir fortes emoções ao ver e ouvir essa obra.

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O elenco do filme é estrelar Colin Firth (O Discurso do Rei), Andrew Scott (Fleabag), Richard Madden (Game Of Thrones) e Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho) entregam ótimas performances no pouquíssimo tempo em tela que eles tem. Os protagonistas e, principalmente, destaques nesta trama são Dean-Charles Chapman (Game of Thrones) e George Mackay (Capitão Fantástico) os atores se entregam de corpo é alma as mazelas da guerra é estão incríveis em seus papéis.

1917 é um filme épico de guerra que trata sobre coragem e amizade. Que irá comover e te deixar na ponta da cadeira durante toda a sessão. Uma obra prima!!! Um longa que deve ser visto por todos os amantes do cinema.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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