O sucesso da franquia A Barraca do Beijo é inegável. O que começou como uma despretensiosa comédia romântica adolescente, conquistou fãs em todo o mundo e com certeza será um marco para o gênero nesta década. Este terceiro filme vem para encerrar a jornada de Elle com chave de ouro.
Chegando no último verão antes de ir para a faculdade, Elle (Joey King) precisa escolher entre ir para Berkeley ao lado de seu melhor amigo Lee (Joel Courtney), ou se vai para Harvard com o namorado Noah (Jacob Elordi). Mas antes de partirem nessa nova jornada, Elle e Lee decidem colocar em prática uma lista de “coisas para fazer antes de ir para a faculdade” que escreveram quando eram crianças.
É difícil avaliar A Barraca do Beijo muito tecnicamente. O elenco do filme é ótimo, os atores possuem muita química então a interação deles é muito convincente. O roteiro não possui muitas reviravoltas e é cheio de situações previsíveis. Mas disso tudo a gente já sabe e talvez seja justamente por isso que gostamos tanto dessa trilogia. Os clichês estão ali por um motivo, para que os espectadores se identifiquem com aquilo, ou que pelo menos sonhem em viver aquelas experiências. Essa familiaridade faz com que a gente se envolva com a trama, com aqueles personagens que estão ali e A Barraca do Beijo sabe fazer isso muito bem nos três filmes. E, sem dúvidas, este terceiro filme é a cereja do bolo!
É muito divertido acompanhar o trio Elle, Lee e Noah. O filme é repleto de momentos divertidos, com todo aquele clima de verão, e mantém a mesma aura de “curtição” inocente que vimos nos filmes anteriores. Porém, este último filme aborda questões que vão muito além do clima de férias, ou de um namoro juvenil. A trama deste último capítulo é muito mais madura. Nós acompanhamos a protagonista num momento muito difícil da vida. As pessoas ao seu redor também precisam tomar decisões importantes que mudarão suas vidas.
Elle é uma personagem muito rica, cheia de qualidades e defeitos que foram muito bem explorados no decorrer dos filmes. Ela ainda se vê no meio desse cabo-de-guerra entre os dois irmãos em certos momentos, mas desta vez ela entende que ela precisa colocar as suas vontades em primeiro lugar. Ela não pode simplesmente ir para uma faculdade só porque outra pessoa quer que ela vá. Neste caminho cheio de tropeços, Elle se vê numa jornada de autodescoberta.
Os filmes 2 e 3 foram gravados praticamente ao mesmo tempo. O que foi muito positivo para esse episódio final. Os roteiristas conseguiram desenvolver muito bem os personagens principais e respeitaram o crescimento que tiveram nos filmes anteriores. E isso é muito importante em uma trilogia. É fundamental que a essência dos personagens seja mantida e que seu desenvolvimento chegue a algum lugar.
O filme todo tem clima de despedida, sejam os personagens que estão se despedindo da adolescência, ou nós que estamos nos despedindo deles. É um filme pra dar risada e também se emocionar com o encerramento dessa história tão cativante.