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    Crítica | A Bolha

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    Com 50 minutos de filme, já era possível resumir A Bolha: uma atrocidade. Vindo dos estúdios Netflix não é nenhuma surpresa, ainda mais com esse foco da empresa em pelo menos lançar um produto original por semana, mas aqui não é apenas algo esquecível e genérico, é uma obra nula, infeliz e incompetente em tudo que propõe.

    Um grupo de atores e atrizes tenta finalizar a sequência de uma famosa franquia de ação sobre dinossauros voadores. No entanto, a chegada da pandemia faz toda equipe ficar trancada em quarentena dentro de um hotel de luxo. Apesar dos riscos, eles não pretendem deixar que isso atrapalhe a finalização do grande filme, pois toda a produtora poderá falir se o projeto não for entregue a tempo.

    O diretor Judd Apatow (O Rei de Staten Island) tem muito talento para usar o humor como tradução do cotidiano, se focando nas banalidades e convivências familiares do americano-médio (muito bem executado em O Virgem de 40 anos), mas aqui é totalmente sem graça, é uma sátira fracassada. A intenção aqui era mostrar a hipocrisia narcisista de Hollywood, e com folga consegue falhar tranquilamente. As piadas são péssimas, o timing cômico é forçado, e sua duração é uma tortura (facilmente poderia ter no máximo 1h30).

    Talvez a maior vergonha do filme sejam os atores, existem muitos talentos aqui: Karen Gillian (talvez a melhor do filme), Maria Bakalova (totalmente mal aproveitada), Pedro Pascal (personagem lamentável durante todo o filme), Leslie Mann (vergonha alheia), David Duchovny (provavelmente com boletos para pagar), e muitos outros. É um mal aproveitamento de tantas figuras carismáticas, que acaba virando uma gigante vergonha alheia. Os atores precisam gravar mais um capítulo da franquia de dinossauros desse universo, uma sátira para as infinitas continuações de Hollywood, mas incrivelmente A Bolha consegue ser pior que o filme fictício. Tudo é jogado e extremamente indiferente, não tem nenhum talento para se aproximar do humor ácido.

    Brincar com Hollywood, o caos, o narcisismo dos atores é algo sempre convidativo e interessante, mas quando mal feito e muito longo, vira uma ofensa. A Bolha é chato, irritante, um desperdício de elenco. Talvez puxe uma risada rápida do telespectador, mas o resultado final é frustrante. Um desperdício de dinheiro.

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