Seguindo o que já foi estabelecido no primeiro episódio, A Casa do Dragão continua a construção dos conflitos que envolvem a família Targaryen. Na segunda semana da série, o episódio gira em torno da relutância do Rei Viserys, interpretado brilhantemente por Paddy Considine, em assumir suas responsabilidades de governante e se casar com uma nova rainha. Esse núcleo em específico se apresenta de maneira bastante curiosa, já que boa parte dos regentes de Westeros conhecidos popularmente não são famosos por cumprir seus deveres como governantes e sim tendem a questões mais ambiciosas e egoístas. Nesse episódio podemos observar mais do personagem de Considine, seu fascínio pela antiga Valíria são conhecimentos que estavam obscuros no universo de Game of Thrones. Acompanhamos um rei que talvez não aguente o peso da coroa que carrega, isso pode ser visto poeticamente quando vemos a cena em que Viserys mostra estar morrendo por conta do próprio trono em que se senta.
Do outro lado, temos Rhaenyra Targaryen enfrentando os desafios de herdeira ao trono sendo uma mulher. Mesmo sendo nomeada e publicamente aceita pelo Conselho do Rei como a próxima a se sentar no Trono de Ferro. Apesar de ser sua agência vetada por seu pai, a jovem Targaryen se mostrou capaz de saber lidar com conflitos ao enfrentar o aparentemente assumido vilão da série, seu tio Daemon Targaryen. Algo que fica claro, e que continua um ponto estabelecido no primeiro episódio, é uma conexão especial entre os dois, que para quem conhece as histórias dos livros já sabe o caminho que isso levará.
A Casa do Dragão continua provando ser uma série que nos entrega uma fantasia diferente e independente da produção que a originou, ao mesmo tempo que se prova um entretenimento intrigante.