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Início Críticas Crítica | A Casa do Dragão (Episódio 8)

    Crítica | A Casa do Dragão (Episódio 8)

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    O processo de acompanhar o reinado do Rei Viserys ao longo de toda a primeira temporada d’A Casa do Dragão pode ser chamado de uma experiência emocionante e angustiante. Desde seus pequenos momentos mostrando a inaptidão em ser um rei no universo de Westeros, até sua gentileza com os membros da família. Nos últimos momentos do personagem, Paddy Considine continua com a brilhante atuação que segue o ritmo dos episódios anteriores. 

    É emocionante ver a imponência que Viserys ainda consegue transmitir mesmo estando literalmente desgastado pelos anos no trono. Seu último ato como rei defendo a honra de sua filha Rhaenyra deixa marcado seu nome no coração do espectador que apesar de sua fraqueza como um rei, tem uma força estrondosa como pai. 

    Seguindo a linhagem Targaryen, Daemon, apesar de poucas linhas de diálogo neste episódio, continua com uma presença inconfundível na série. É incansável falar o quanto Matt Smith está perfeito nesse papel de badboy apaixonado. Após passar a primeira metade da temporada visto com uma nuance de mistério por aqueles que não sabiam suas intenções futuras, agora é gostoso e extremamente satisfatório ver Daemon sendo esse ser imponente que se curva apenas para a sua mulher. 

    É preciso admitir que foi estranho encarar a diferença temática da série em relação às Crônicas de Gelo e Fogo nas primeiras semanas, porém já foi-se o tempo de entrar em paz com a proposta mais maniqueísta da série. O lado dos verdes é narrado abertamente como os vilões da história, e toda a narrativa nos compele a torcer por Rhaenyra. Dito isso, vemos um pouco da relutância e receio dentro de Alicent Hightower. Mesmo sendo retratada como a vilã desta guerra, a série não deixa de nos dar ao menos um mínimo de nuance para a rainha dos verdes. O momento do brinde no último jantar de Viserys dá pra notar uma verdadeira emoção e conforto da parte de Alicent com as palavras de Rhaenyra.

    E junto dessa tal nuance, também temos uma justificativa meio que bizarra e imensamente conveniente para a sua futura traição contra Rhaenyra. Utilizando de uma trope já batida e pouco cativante das últimas palavras mal interpretadas, Alicent acredita que o último desejo do rei foi que Aegon II sente-se no Trono de Ferro. Não precisa dizer que isso remove muita responsabilidade dos ombros dela, assim como também remove boa parte da profundidade do conflito construído ao longo da temporada. 

    O próximo episódio será definitivo para A Casa do Dragão, o futuro do desenvolvimento de Alicent Hightower vai definir toda a base para a guerra que está por vir. Resta torcer pelo melhor e que a futura Dança dos Dragões não seja estabelecida sobre uma trope tão batida quanto uma frase mal interpretada por uma personagem.

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