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    Crítica | A Divisão

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    Após Tropa de Elite diversos filmes nacionais tentaram o posto de melhor filme policial. Porém fracassaram e nem são dignos de nota. Por mais atual que seja, mostrar a realidade brasileira não é algo tão simples. A Divisão, longa que estreia neste dia 23 de Janeiro, é o que se saí melhor nessa árdua tarefa de mostrar a corrupção e violência que ainda existe na polícia brasileira. A Divisão, é inspirado em uma história real, focando na onda de sequestros que aconteceram no ano de 1997 no Rio de Janeiro.

    O filme se passa todo na década de 90 é a direção de Vincente Amorim (Motorrad) acerta na retratação da época. Seja nas vestimentas ou nas propagandas estampadas nas paredes da favela, tudo é muito bem feito. O diretor acerta também nas cenas de tensão e ação. Em algumas cenas o diretor usa a câmera em primeira pessoa para transmitir a tensão da situação e acerta em cheio. Como por exemplo na cena que vemos a cena pelo ângulo de vista da vítima. O horror é genuíno. A fotografia do longa também merece destaque e a maquiagem que impressiona pelo realismo conseguido. A duração do longa é que não acompanha esses destaques, são mais de duas horas de filme que poderiam ter sido reduzidas, o longa se perde em alguns momentos na suas sub tramas, mas nada que venha a atrapalhar a experiência.

    O maior destaque desse longa são as atuações e química do elenco. Silvio Guindane (Bróder) e Erom Cordeiro (O Palhaço) se entregam ao longa de uma maneira rara de se ver no cinema nacional. Os atores estão sempre ofegantes devido ao esforço físico para executar suas cenas. Os personagens de Erom e Guindane são apresentados e nos levam para dentro da investigação e sua isso nos aproxima tanto dos personagens que faz o espectador se sentir parte da trama, vibrando e sofrendo pela resolução do caso.

    A Divisão é o melhor filme policial nacional após Tropa de Elite. Com uma trama pesada e realista o longa irá agradar em cheio aos fãs dos filmes policiais. Porém é um pecado o longa “se dividir” criticar a violência e exaltá-la. Não escolher um lado também é um modo de escolha.

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