qui, 26 dezembro 2024

Crítica | A Filha do Rei do Pântano

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Inicialmente A Filha do Rei do Pântano apresenta um ar convidativo com sua misteriosa introdução quanto essa estranha família vivendo no meio da floresta.  Ele nos apresenta uma relação interessante quanto pai e filha, com os ensinamentos de sobrevivência na mata e colocando um estranhamento da mãe com a própria filha, sem nenhuma motivo até então revelado. E é uma pena que a parte mais chamativa dessa história seja justamente em seu início, usando a inocência de uma criança encarando um verdade que infelizmente só descobriu anos depois.

Garrett Hedlund as Stephen Pelletier in The Marsh King’s Daughter. Photo Credit: Philippe Bossé

Vivendo uma rotina aparentemente comum ao lado do marido e da filha, Helena esconde um segredo sobre seu passado. Com o retorno de seu pai, ela precisa decidir o que é melhor para sua família. É uma obra que começa trabalhando esse aspecto psicológico dessa relação entre pai e filha, mas conforme a história avança- acaba caindo em uma espécie de história genérica de “vingança”. Ele apresenta alguns detalhes para construir um desenvolvimento desses conflitos internos, porém o filme meio que se auto sabota- tendo uma facilitação de seus conflitos e mistérios. É algo puramente entregue de maneira fácil com seu público, e isso acaba prejudicando o resto da obra. Com o iminente conflito, o filme opta por alongar essa espera do duelo e acaba se tornando chato. Além disso, o visual da obra é bem desinteressante, a direção é bastante automática, não parece querer desafiar ou instigar o telespectador.

Essa base do elenco é bastante chamativa. Temos nomes como Daisy Ridley, Caren Pistorius, Brooklyn Prince e o excelente Ben Mendelsohn. A parte de encenação entre pai e filha, tanto na fase infantil quanto adulta funcionam, muito por conta do talento dos três atores. A sensação de dúvida da personagem Helena é bem passada por Ridley. Já Jacob foi muito bem escolhido, a passagem entre um homem amoroso com sua filha para um verdadeiro monstro é boa, o problema é o subaproveitamento com o personagem, o longa estabelece uma espécie de dúvida sobre seu retorno, mas chega a ser óbvio que o personagem será reintroduzido. O resto do elenco conta com bons nomes, mas todos com pouquíssimo tempo de tela para desenvolver algo relevante, como o exemplo do marido de Helena ou até mesmo seu padrasto, extremamente jogado na história.

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Daisy Ridley as Helena Pelletier in The Marsh King’s Daughter. Photo Credit: Philippe Bossé

E assim A Filha do Rei do Pântano acaba que sendo interessante apenas no título mesmo. O longa acaba se tornando bem esquecível- um desenvolvimento que não aproveita os detalhes que a trama apresenta com cada personagem. E com a encenação do Thriller em si, acaba mais voltado pro lado sonolento do que a tensão que quer passar. É um desperdício de elenco, não chega a ser ofensivo ou algo mais grave, mas fica passeando na área só medíocre mesmo. Uma pena.

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