seg, 23 dezembro 2024

Crítica | A Força da Natureza (2020)

Publicidade

Um filme de ação é baseado numa proposta simples. A razão pela qual assistimos são pelas cenas de ação, pelos tiroteios e explosões. O longa pode ter uma história realmente interessante, ou contar com um roteiro super original, mas sempre temos um clichê aqui e ali, para criar um efeito dramático. O novo filme da Netflix A Força da Natureza, novo lançamento do Streaming, é banhado em clichês, mentiras e cenas que não empolgam, de tão previsíveis que são.

Netflix/Divulgação

O filme foi vendido ao público como “o novo filme de ação de Mel Gibson” (A Paixão de Cristo). Trailers, sinopse, tudo indica isso, mas o que vemos em cena não condiz com a realidade. O ator aqui faz uma participação especial, sendo o destaque do filme pelo seu talento, mas a história da obra não é centrada nele. Sabendo disso, a sinopse indica que A Força da Natureza (Force of Nature), acontece durante um furação que varre Porto Rico. Nisso um policial, que luta contra o trauma de uma tragédia, é destacado com uma parceira novata, para recolher pessoas e encaminhá-las para os abrigos contra o furacão. Enquanto um assalto milionário acontece. Tirando a questão do Mel Gibson, o restante salva né? Bom, o filme é honesto e não tenta ser profundo ou se levar muito a sério, mas a obra é bastante limitada. O furacão da sinopse nunca aparece de fato, as decisões dos personagens são bem questionáveis e a ação… Não é empolgante e em alguns momentos é até difícil de acompanhar. O longa tem dois mistérios, um é resolvido de modo aceitável e plausível, mas o outro que envolve um misteriosos animal continuará sendo um mistério. “QUE DEABOS É AQUILO?” Façam suas apostas!

Lionsgate/Divulgação

O roteiro escrito por Cory Miller (Allen Mack) está mais cheio de furos, conveniências e incoerências que o colete que Mel Gibson usa no longa. Uma hora o vilão é impiedosos e cruel (sem razão), em outro ele mostra piedade… Além de outras coisas, que não direi pra não estragar o que já é ruim. A direção de Michael Polish (Big Sur) faz pouca coisa, as cenas de ação são simples e a ideia do Furação numa tama de assalto, com o intuito de construir uma trama urgente não funciona. Nunca sentimos urgência nas decisões tomadas pelo elenco em cena e nem nas cenas de ação, que são trabalhadas de modo funcional. O furação se resume a uma chuva torrencial e imagens de arquivo, apresentadas aqui e ali. O elenco faz o que pode e acredito que se os atores fossem outros, esse filme poderia ser pior. A decepção no filme fica para o desperdício na utilização de Kate Bosworth (Linha de Frente) que é muito mal aproveitada na trama.

Publicidade
Lionsgate/Divulgação

A Força da Natureza é uma enganação do começo ao fim, seja na sua trama que nunca se justifica ou na sua divulgação. Para assistir como passatempo, seria melhor ver a previsão do tempo. Essa pelo menos acerta mais que esse filme.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa

A Turma da Mônica, criada por Maurício de Sousa...

Crítica | Bagagem de Risco

Em Bagagem de Risco, Ethan Kopek (Taron Egerton), um...

Nosferatu | Diretor agradece Bob Esponja por apresentar personagem aos jovens

Em entrevista à Variety, Robert Eggers, diretor da nova...
Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
Um filme de ação é baseado numa proposta simples. A razão pela qual assistimos são pelas cenas de ação, pelos tiroteios e explosões. O longa pode ter uma história realmente interessante, ou contar com um roteiro super original, mas sempre temos um clichê aqui e ali, para...Crítica | A Força da Natureza (2020)