ter, 5 novembro 2024

Crítica | A Ilha da Fantasia (2020)

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Quem cresceu no fim dos anos 70, deve se lembrar da série de TV A Ilha da Fantasia, que foi produzida entre 1978 a 1984. O programa tinha como protagonistas o Sr. Roarke (Ricardo Montalban) e o seu fiel gerente, Tattoo (Hervé Villechaize). A fórmula dos episódios era simples: Tattoo anunciava a chegada dos hóspedes a ilha e o Sr. Roarke os recebia e os apresentava para os espectadores revelando a fantasia atendida. Após 35 anos A Ilha da Fantasia retornará, na forma de filme que flerta com elementos do terror. A nova abordagem é uma ideia interessante, que infelizmente nunca saí do papel. A Ilha da Fantasia é um horror, no pior sentido existente da palavra.

Foto: Sony Pictures/Divulgação

As belezas naturais da locação escolhida para o filme, são uma das poucas coisas boas neste longa de terror que nunca dá medo, aterroriza ou faz com que nós importemos com os protagonistas. A sinopse oficial do filme diz: “O enigmático sr. Roarke transforma em realidade os sonhos secretos dos convidados sortudos de sua ilha tropical em realidade. Mas quando as fantasias se transformam em pesadelos, os convidados terão que resolver o mistério da ilha, pois só assim conseguirão sair de lá com vida”. Eu te digo: sorte terá você se não morrer de tédio, durante as mais de duas horas assistindo a esse filme. Jeff Wadlow (Verdade ou Desafio) dirige a trama e assina o roteiro em parceria com Jillian Jacobs (Love) e Christopher Roach (Verdade ou Desafio) é entrega uma bagunça em forma de filme, Wadlow erra a mão em todos os quesitos existentes. Vou detalhar em tópicos para facilitar o entendimento.

Foto: Sony Pictures/Divulgação

Roteiro: Talvez o grande responsável pelo desastre do longa, os atores são guiados do nada para lugar nenhum. As regras da ilha são apresentadas e ignoradas, os diálogos só não mais expositivos e sem graça por falta tempo, o final… MEU DEUS DO CÉU, na tentativa de criar uma reviravolta marcante o longa piora o que já estava ruim. Na tentativa de fazer as “fantasias” se interligarem (leia, sub-tramas) o longa não criou uma teia sólida, mas sim uma bola de fiapos que não possui graça ou qualquer sentido. O roteiro ainda peca no ritmo, quando é para ir devagar e preparar o terreno, a trama é agitada e frenética, quando é pra acelerar a trama o filme arrrrrrrrrrrasta as coisas. As fantasias até são aceitáveis, porém a execução delas… a que envolve Lucy Hale (Pretty Little Liars) é a mais bem desenvolvida e executada de todas, mas não considere isso um grande feito, tudo aqui é nivelado por baixo.

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Atuações: É tanta gente talentosa sendo desperdiçada neste filme que nem sabemos pra onde ir, mas Michael Peña (Dora e a Cidade Perdida) está numa apatia de dá dó! Ao que parece o ator percebeu no inicio das gravações a cilada na qual estava se metendo. Aí já era tarde e o arrependimento do ator é visto em todas as cenas. O restante do elenco segue esse nível. O longa não possibilita o espectador sequer desejar criar um envolvimento mínimo com os protagonistas, quanto mais torcer por eles.

Direção: Jeff Wadlow errou a mão em algumas partes de Verdade ou Desafio, mas compensou isso com alguma violência gráfica, aqui nem isso temos. Nenhum susto planejado pelo diretor/roteirista funciona! O diretor não soube que tom adotar na trama e se perdeu no que queria passar. Pegou uma premissa interessante e transformou num show de horror, sem a parte do horror ou sustos.

Montagem/Edição: Feita por um estagiário sem experiência.

Foto: Sony Pictures/Divulgação

A Ilha da Fantasia devia se chamar a Ilha da Estupidez! O filme não assusta, não entretém. Esse é um dos piores filmes de terror de 2020 e quem sabe um dos piores do ano. Nada aqui faz muito sentido. Aposto que o seu maior desejo após ver esse longa, será ter o seu dinheiro de volta e esquecer que viu essa bomba!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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