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Constrangedor. Primeira palavra que vem a cabeça ao tentar descrever A Lenda de Tarzan, filme dirigido por David Yates (Diretor da saga Harry Potter) com um travado (fisica e emocinalmente) Alexander Skarsgård no papel principal, Margot Robbie como Jane, Samuel L. Jackson perdido no meio da história e com Christoph Waltz como o ponto alto do filme fazendo o vilão Leon Rom.
O filme se passa anos após as aventuras que conhecemos do herói – Tarzan, agora usando o nome de John Clayton, Lorde de Greystoke, é convidado pelo endividado Rei da Bélgica para uma visita do “filho favorito da África”, para avalizar os trabalhos na colônia.
As cenas de ação, que deviam ser o ponto forte do filme, são desorganizadas, com cortes rápidos e sem motivação. A falta de cadencia do filme chega a incomodar. A semi empoderada Jane falha ao tentar fugir do estereotipo da “donzela em perigo”. As animações em 3D são fracas, quase tão mal desenvolvidas como o roteiro, extremamente frágil. Alguns animais salvam, mas o trabalho do Tarzan balançando nos cipós é deprimente.
Cores primárias mandando um abraço.
É incrível como Hollywood ainda não conseguiu um papel para o excelente Djimon Hounsou que tinha tudo para roubar a cena com um grande personagem no filme, o vilão Mbonga, sub utilizado na trama.
Como dito anteriormente Christoph Waltz segura as pontas em boa parte do filme. Ele criou um vilão do tipo que gostamos de odiar, a interação dele com os outros atores é primorosa, praticamente não parece que ele está sendo guiado pelo mesmo diretor que comanda o resto do elenco.
Por ultimo, a formula do homem branco salvando a África não tem apelo. Em tempos de avanços no pensamento social, Tarzan é um filme ultrapassado, que já assistimos milhares de vezes, e por isso não consegue trazer nada de novo a mitologia do personagem criado por Edgar Rice Burroughs no inicio do século XX, de onde parece que veio o roteiro do filme.