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    Crítica | A Lista Terminal

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    Baseado no best-seller de Jack Carr, o enredo acompanha James Reece (Chris Pratt) depois que sua equipe da Marinha é emboscada durante uma operação secreta de alto risco. Reece volta para casa com sua família com memórias confusas do evento e dúvidas sobre suas responsabilidades. No entanto, à medida que novas evidências surgem, Reece descobre que forças ocultas estão trabalhando contra ele, colocando não apenas sua vida em risco, mas também a vida daqueles que ele ama.

    A Lista Terminal se apresenta como uma jornada de vingança do comandante Reece, oscilando entre a ação e a conspiração. A série apresenta uma vantagem: assista sem expectativas, seu valor de entretenimento é totalmente alcançável. Não existe segredo aqui, é uma trama de vingança, cada episódio seu protagonista descobre os envolvidos e precisa matá-los, ao puro estilo “Kill Bill”. Após o segundo episódio é quase que óbvio o objetivo de cada capítulo, com a diferença de novas descobertas na conspiração envolvida pelo protagonista.

    Prime Video/ Divulgação

    Existe em seu início um questionamento da sanidade de Reece, devido uma concussão na cabeça. Quase em todo episódio existe momentos conflituosos do personagem com visões e memórias antigas de seu passado, nos ajudando a contar mais sobre sua história, mas também o atrapalhando em sua busca de vingança. Esse artifício funciona mais nos primeiros capítulos, devido a total falta de informações do público sobre os acontecimentos, mas conforme avança, a história fica mais clara e essa “brincadeira” com o real e o imaginário perde força, a dualidade presente perde para a resolução mais direta e fácil que o roteiro escolhe. Mas o  toque de suspense presente nas cenas eleva a qualidade do show, apesar de possuir uma direção totalmente sem inspiração e muito automática. Se a confiança da direção fosse passada pra alguém mais inspirado no trabalho, com certeza elevaria o grau da série.

    O grau interessante de semelhança da série é com os videogames. Existe um progresso nos 8 capítulos da obra que parecem muito com missões de uma campanha de um jogo. Cada nova etapa o protagonista precisa eliminar um novo alvo, e cada avanço ele descobre uma nova linha nessa grande teia de conspiração. Não diferente, cada inimigo novo é surgido em um novo palco(ou melhor fase), e nosso “herói” precisa de alguma forma passar por essas dificuldades para alcançar seu objetivo. Até mesmo as cenas de ação possuem esse grau gráfico parecido com os games, apesar da fraca direção, a plasticidade envolvida é notável, tanto os movimentos e os tiros jogados nos inimigos. E além disso existe um equilíbrio estranho na obra, a violência possui uma balança meio duvidosa, em alguns momentos existe o tiro que pega sem sangue, mas em outros é visível a alta violência, e até a exposição de órgãos vitais.

    Prime Video/ Divulgação

    A Lista Terminal chega com uma opção rápida de entretenimento no Amazon Prime Vídeo (apesar das quase uma hora por episódio), dificilmente terá continuação, mas funciona como uma mini série. A jornada de vingança do comandante Reece apresenta pontos interessantes, e um bom elenco. Chris Pratt entrega bem a transformação física e mental em sua missão. Para os mais exigentes, a série pelo menos serve uma história fechada com começo, meio e fim.

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