A Missy Errada, nova comédia da Netflix, conta a história de um executivo que conhece a garota dos seus sonhos no aeroporto. Logo a relação ganha força, turbinada pelas mensagens de texto. Animado, ele deixa a cautela de lado e a convida para uma viagem promovida por sua empresa em um resort em uma ilha. Mas o que ele não esperava é que quem fosse para a viagem fosse uma mulher com ele teve um encontro horrível. Tarde demais, ele percebe então que andou trocando mensagens com A MISSY ERRADA. Se a sinopse é assim, imagina o longa. O longa produzido por Adam Sandler é uma colcha de retalhos de todas as obras anteriores do ator, porém sem a presença dele e com muito menos graça.
A Missy Errada começa errado, se desenvolve aos trancos e barrancos, tem um momentos de suspiro e acaba como começou. O filme é uma comédia de situações forçadas e com personagens exagerados. A direção de Tyler Spindel é melhor do que na sua estreia, o terrível Pai do Ano, mas o diretor ainda carece de ritmo e de bom gosto. A cena do penhasco, por exemplo, é tudo menos engraçada. A maioria das piadas se perdem como gritos ao vento. No fim temos um sorriso aqui e outro ali, muito pouco pra um filme de comédia.
O roteiro deve ter sido encontrado em um local voltado para reciclagem. Os melhores momentos da trama aparentam sair dos improvisos dos atores, não existe texto palpável ou desenvolvimento, em alguns momentos falta até sentido pro que vemos. Aqui ou ali algo faz sentido nessa bagunça. Os atores do elenco B dos filmes de Adam Sandler tem papéis maiores e decepcionam. Os destaques da trama são Lauren Lapkus (Jurassic World) com sua personagem sem noção e David Spade (Gente Grande) que faz o executivo certinho que se vê em apuros com a sua “amada”.
A Missy Errada é uma comédia esquecível, um passatempo que não é terrível por pouco, mas ainda precisa comer muito feijão com arroz pra ser mediana, em comparação com qualquer filme estrelado por Adam Sandler. Quem sabe na próxima a dupla Netflix e Tyler Spindel acertem.