ter, 16 abril 2024

Crítica | A Primeira Comunhão

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No final dos anos 1980. A recém-chegada Sara tenta se encaixar com os outros adolescentes nesta pequena cidade unida na província de Tarrgona, na Espanha. Se ao menos ela fosse mais parecida com sua melhor amiga, Rebe, as coisas seriam mais fáceis. Elas saem uma noite em uma boate, a caminho de casa, eles se deparam com uma menina segurando uma boneca, vestida para sua primeira comunhão. E é aí que o pesadelo começa…

O terror A Primeira Comunhão possui uma proposta simples e honesta. Em nenhum momento o filme dirigido por Victor García (Espelhos do Medo 2) quer reinventar os filmes de terror ou apresentar algo de novo no gênero. A proposta aqui e pegar tudo que já foi feito pelo diretor em sua carreira e aplicar em uma trama simples. O resultado poderia ser bom? Sim. Ele é bom? Não! García tem uma lenda espanhola em mãos que nunca é apresentada em sua totalidade. O desenvolvimento das situações é lento, e não intriga o suficiente para justificar essa escolha para a narrativa, que carece de urgência. Outro ponto negativo é que o filme se passa nos anos 80, porém nada do que é visto te faz lembrar dos anos 70, além da falta de celulares em cena. A direção de Michael Chaves (que faz sua estreia como diretor) tem momentos positivos e negativos. O diretor tem alguns lampejos criativos. Porém, em grande parte da história uma preparação exagerada para os sustos, o que torna frustante e às vezes óbvia a escolha feita pela narrativa.

A maquiagem da noiva ou criança fantasma é mal feita, beirando o amadorismo. Os atores do longa até tentam segurar as pontas, mas o texto é entediante. A estreante Aina Quiñones e Carla Campra (Todos Já Sabem) carregam o filme nas costas. Os demais atores entregam atuações caricatas e cumprem o papel proposto. O roteiro escrito por García também não é uma obra prima. Didático demais em alguns momentos e com alguns furos que ninguém entende. Porém o final do filme tem um virada que é interessante e que mostra que mesmo não desejando abordar questões religiosas como o título indica, mesmo reciclando ideias e conceitos de outros filme, A Primeira Comunhão poderia sim ser um filme interessante se conseguisse gerar tensão ou apenas assustar.

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A Primeira Comunhão tinha potencial para ser um bom filme de terror. Mas a falta de um diretor mais consciente de suas limitações e um fraco roteiro vão apenas frustar o espectador que procura um bom passatempo nos cinemas. Mais sorte para os fãs de cinema de terror, em especial o espanhol. A Primeira Comunhão é pra lá de esquecível!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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