Ao se falar de adaptações de livros para o cinema, é impossível não lembrar de Stephen King, um dos autores mais adaptados da história do cinema. Porém a relação de King com o cinema é de puro amor e ódio/decepção. Suas adaptações ou são excelentes (Um Sonho de Liberdade, O Iluminado, Carrie de 1976), ou são muito ruins (Celular e a nova versão de Carrie).
Nesta nova empreitada Hollywoodiana de adaptações de King, A Torre Negra, infelizmente, entrará para a classe de adaptações muito ruins. Com duração de 95 min (pasmem) o roteiro em momento algum empolga o espectador, pecando por sempre buscar soluções preguiçosas de uma história épica e não explorar mais desse universo complexo e espetacular criado durante 33 anos e divididos em 7 livros.
O ponto alto do filme são as atuações de Idris Elba como o pistoleiro e de Tom Taylor como Jake Chambers, mas com um roteiro mais raso que um pires eles não conseguem salvar o filme. Matthew McConaughey como o Homem de preto, nos entrega um vilão caricato, o que é frustante. O elenco de apoio não acrescenta em nada na história, por falta de tempo em tela, um exemplo é Dennis Dexter Haysbert, mais conhecido como o personagem David Palmer na série de TV 24 Horas, que aparece por um minuto e some sem deixar saudades.
A direção de Nikolaj Arcel (do ótimo O Amante da Rainha) não decide qual o tom do filme, talvez por culpa do roteiro, do qual também participa. Seja nos momentos de terror ou de ação, não sentimos medo, aflição, absolutamente nada. As cenas de ação são fracas, os efeitos especiais e fotografia são tão genéricos que o seu celular durante a exibição do filme irá lhe parecer bem atraente.
A Torre Negra é um filme apático e que irá desagradar tanto os leitores da saga, como as pessoas que vão ao cinema ver o filme sem ter lido absolutamente nada sobre ele. O que resta é desejar mais sorte e torcer para que a próxima adaptação de King no cinema, o remake de It: A coisa, não seja tão desapontante quanto A Torre Negra.