A Última Carta de Amor é um filme de romance britânico baseado no livro homônimo de Jojo Moyes de 2008. A produção original Netflix é dirigida por Augustine Frizzell e conta com um elenco de peso: Shailene Woodley (Divergente), Callum Turner (Emma), Joe Alwyn (Duas Rainhas) e Felicity Jones (Rogue One: Uma História Star Wars).
No longa, as duas histórias ambientadas no presente e no passado se entrelaçam. Ellie Haworth (Felicity Jones) é uma jornalista que acaba descobrindo cartas de amor de 1965, que a deixam fascinada com a história de amor vivida por Jennifer Stirling (Shailene Woodley).
Já Stirling é apresentada após um acidente de carro que a deixou sem memória. Mesmo sendo casada com Lawrence (Joe Alwyn) e vivendo em uma boa casa, Jennifer sente que falta algo. Revirando seus livros e caixas de memórias, se depara com sua própria história.
O ponto central do filme realmente são os eventos do passado, são eles que ditam o tom do filme e acabam refletindo nas ações dos personagens no presente. Acompanhamos Jennifer em um casamento por conveniência, que conhece e se apaixona pelo jornalista Anthony O’Hare (Callum Turner). Parece que a Shailene realmente nasceu para viver este tipo de papel, Turner também parece estar se especializando em filmes de época e vem executando seus papeis com maestria. A química entre o Woodley e Turner é intangível e facilmente nos vemos imersos na paixão proibida e avassaladora do casal
Ao acompanharmos o casal do passado, vamos dos momentos descontraídos da paquera até o momento em que buscam uma maneira de ficar juntos permanentemente. Que é, sem dúvidas, o climax do filme.
O período presente também é repleto de clichês, mas são bem distintos dos que vemos no passado. Tudo o que Jennifer mais quer é poder viver sua história de amor, enquanto Ellie foge de qualquer sinal de sentimento se formando. Enquanto uma história é calorosa e acolhedora, a outra é fria e isolada. A montagem do filme consegue fazer um bom balanço entre elas e a fotografia consegue trazer essa diferenciação com muita sutileza.
Mais uma vez a Netflix está de parabéns quanto à produção, direção de arte e figurino. Toda a ambientação da década de 60 é muito bem executada. Todo o clima é criado para nos sentirmos imersos ao verão no litoral francês da época, até que somos jogados na fria e úmida Londres da atualidade.
Já sobre o roteiro em si, ele é repleto de clichês, mas consegue ser um acalanto para quem busca uma história de amor e de esperança. É aquele quentinho no coração que precisamos em uma noite fria de inverno.