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    Crítica | Abominável

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    Yi é uma garota esforçada , atrapalhada, gentil e, como todos, sonhadora. Carrega consigo o trauma de um perda recente, algo que tira totalmente seu norte. Assim, procura preencher nas ruas o vazio que lhe é tão companheiro. Não, não é uma sinopse de um drama de superação, ainda mais quando um Yeti aparece no caminho da garota, fazendo-a mergulhar num turbilhão de sentimentos na missão de encontrar seu verdadeiro lar. Assim é Abominável, com direção de Jill Culton, longa de animação que até tenta divertir, mas acaba despencando na avalanche do próprio roteiro.

    Geralmente, uma animação tem como principal meta, além de contar bem uma história, entreter e envolver quem assiste, seja com seus personagens e ações (ponto positivo) ou pela história cativante (mais do mesmo). Em suma, a jornada de Yi e seus amigos para levar o Yeti “Everest” para casa é tão clichê que o próprio roteiro se perde, numa tentativa de criar subtramas inconsistentes e saídas de roteiro que beiram o ridículo.

    O monstrão fofo, que era para ser o ponto chave do desenrolar da trama, acaba ficando em segundo plano, quando um instrumento novo e sem importância até então acaba tirando todo o senso de perigo e fazendo quem assiste se questionar até que ponto as possibilidades são plausíveis. O CGI é algo indefinido: enquanto que nos personagens é excelente, nos cenários não é tão eficaz, chegando a lembrar efeitos de mais de 20 anos atrás.

    Assim, temos uma conclusão básica, para não dizer menos, reviravoltas ridículas (muito mesmo), até mesmo para um filme de fantasia para crianças. Com Abominável, a DreamWorks perde a grande chance de contar uma história linda com uma premissa básica, como fez em outras obras. Se sua intenção é ver personagens carismáticos sendo fofos ao som de Coldplay, este filme é para você. Caso contrário, é só uma decepção atrás de outra. Fuja desta bola de neve.

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