seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Adão Negro (2022)

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Após anos de promessas, Adão Negro finalmente está chegando aos cinemas. The Rock faz campanha para o filme desde 2014 quando assinou o contrato para viver o personagem, 8 anos depois estamos aqui com o seu filme solo. E é provável dizer que a espera valeu a pena.

Sobre o ator, é um alívio que a obra não seja apenas mais um “Filme do The Rock”, Dwayne é o protagonista do filme mas por boa parcela não é o centro das atenções. Sua atuação emite mais uma pose estoica, tentando passar uma presença que mistura Exterminador do Futuro de Schwarzenegger com o timing cômico de Drax de Bautista.

Aqui vemos uma outra perspectiva de como a narrativa de super-heróis funciona, ao longo da obra, vemos os heróis presentes no filme sendo tratados como um elemento à parte da história, fazendo assim, a obra ser um filme de monstros só que com super-heróis. A Sociedade da Justiça se apresenta como uma equipe já estabelecida no universo do filme que, confusamente, traz elementos de outros filmes do Universo DC.

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A direção de Jaume Collet-Serra traz o embate e cenas de ação como claramente o atrativo do filme, Collet-Serra sabe disso e tenta encaixar as mais estilosas coreografias de ação que o CGI pode criar. Como um básico filme de monstro, o núcleo dos “humanos” é o mais cansado de se acompanhar, quando voltamos nossa atenção ao ele temos uma perda de ritmo que só volta aos trilhos na sequência de ação seguinte, e assim por diante ao longo da obra.

Adão Negro é um filme estupidamente divertido, na mais pura forma de entretenimento raso que possamos imaginar. É fato que um filme não é obrigatório ser extremamente profundo ou complexo, Jaume Collet-Serra, com essa noção, se diverte com a ideia de ter em tela um The Rock super poderoso que derrota qualquer um que enfrenta. Mesmo assim, o filme apresenta problemas de ritmo quando foca além de tal entretenimento para tentar criar um drama artificial.

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