dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Alien: Covenant

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Ridley Scott retorna a franquia Alien depois do fraco Prometheus. Neste novo capitulo, que se passa depois de Prometheus, uma equipe é enviada com a missão de colonizar um novo planeta, mas as coisas fogem do controle conforme as decisões tomadas pelo capitão da nave Covenant.

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Para um filme de duas horas, esse breve resumo de algumas linhas dá a impressão de que o filme tem uma história fraca e muito resumida; e é realmente isso. O roteiro aposta em decisões que já foram dadas como erradas, como o fato do filme ser  um “Prometheus 2” em sua grande maioria. Outra decepção fica por conta das personagens e seus desenvolvimentos; os roteiristas tentam empurrar motivos para ficarmos sensibilizados com a situação de algumas personagens, mas não existe tempo direito para isso, pois novamente, grande parte do roteiro foca nas partes “Prometheus 2”, o que não seria um problema se fosse bem construído, mas o fato de ser totalmente arrastado e cheio de diálogos desnecessários (principalmente envolvendo o personagem de Michael Fassbender), faz com que o filme se perca em sua própria tentativa de contar a história, grande parte devido as cenas desnecessárias. Logo a primeira sequência pode ser jogada no lixo, que tenta fazer uma cena filosófica de “o homem como Deus” que não serve para nada na verdade

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Mesmo no final, o longa não desiste em acrescentar coisas desnecessárias; um primeiro momento desses minutos finais, é que o filme praticamente se encerra, mas preferiram prolongar mais o que já estava maçante, para ter mais uma ou outra cena envolvendo o Xenomorfo clássico, numa tentativa de fazer algum sentido o filme ter Alien no título. O outro ponto totalmente desnecessário deste final, é em relação a um plot twist, que torna-se previsível desde o primeiro que é sugerido o que o filme propôs, mas eles enrolam por mais meia hora, algo que você já tem certeza e está apenas esperando a hora de acabar.

            Após Perdido em Marte, todos comemoram a volta de Ridley Scott, que vinha de uma série de longas ruins (Prometheus, O Conselheiro do Crime, Êxodo), e que neste filme, apenas provou que o filme estrelado por Matt Damon, teve mais sorte do que juízo, pois sua direção esta horrível aqui em Covenant. Em cenas que acontecem em florestas, você não consegue entender o que está acontecendo no plano, dificilmente consegue ver uma ou outra personagem se mexendo. O uso de planos longos, numa tentativa de deixa-lo mais artístico, apenas ajuda a torna-lo mais arrastado, como em outro plano da floresta, que dura alguns minutos, apenas com o pessoal da nave olhando para  um lugar e falando coisas aleatórias. Mas precisamos abrir espaço para um plano “sequência” em especial; uma conversa entre duas personagens está acontecendo, a câmera está posicionada no ombro de um deles, e conforme vai ocorrendo a conversa, a câmera passa para o ombro da outra personagem do dialogo, e fica nisso por muito tempo, um vai e vem que te tira do filme pela obviedade do movimento.

            Para não falar que o filme é só horrores, os efeitos especiais estão bons, muitas cenas envolvendo nave, lembram claramente Star Wars; e o efeito mais plasmático dos aliens, também funciona (causa um estranhamento no começo, mas nada grave).

            No final, Ridley Scott tentou salvar sua franquia de novo, mas sem nenhum sucesso. Nenhuma das promessas de que o filme seria mais parecido com o original, ou algo do gênero de terror, foi cumprida, e a sensação é a de que é apenas mais um filme caça-níquel, mas que diferente de alguns que saíram nesse ano, Alien: Covenant não apresenta nada novo, e muito menos divertido ou empolgante a ponto precisar ser visto no cinema com tanta urgência.

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