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Início Críticas Crítica | Ambulância: Um Dia de Crime

    Crítica | Ambulância: Um Dia de Crime

    UNIVERSAL PICTURES/ DIVULGAÇÃO
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    Michael Bay é um diretor e produtor que dispensa apresentações. Ele é responsável pelas franquias Transformers e Bad Boys, entre outras. O seu estilo agrada os fãs de cenas de ação mirabolantes e deixa os críticos em choque com o caos visual apresentado em cada novo filme. Agora o diretor volta a ativa com Ambulância: Um Dia de Crime, um remake homônimo de uma produção dinamarquesa lançada em 2005. A obra dirigida por Bay conta com Yahya Abdul-Mateen II (Watchmen), Eiza González (Bloodshot) e Jake Gyllenhaal (O Abutre) no elenco e estreia nos cinemas nacionais em 24 de Março.

    Ambulância:Um Dia de Crime conta a história de dois irmãos que roubam uma ambulância para fugirem de uma cena de crime. A situação se complica quando eles descobrem que há um paciente gravemente doente na parte de trás do veículo. O primeiro ato da produção é frenético! Ágil e pra lá de dinâmico. A câmera de Bay nos conduz a conhecer a cidade e os protagonistas, nos inserindo no assalto em poucos minutos; a partir daí o diretor faz o que sabe fazer de melhor e nos coloca em uma extensa cena de tiroteio em que ninguém está a salvo.

    Vemos nesse primeiro ato o estilo do diretor em ação: cenas de baixo pra cima em câmera lenta, tudo isso girando em torno do protagonista, explosões, cenas com reflexo da luz na câmera, explosões, uso da shaky cam (câmera tremida), uso de câmeras em close (quase que constante nas reações dos atores), o patriotismo americano e toda a sua excentricidade visual que recebeu atualização com o uso de drones para algumas tomadas. Tudo isso é visto em toda a produção, só temos uma certa sobriedade cinematográfica (leia respiro de todo essa ação) quando o trio de protagonista se encontra e no ato final. A partir desse encontro a ação diminui e cresce a tensão pela fuga e pelo destino dos personagens que estão na Ambulância.

    O roteiro escrito pelo trio Chris Fedak (Chuck), Laurits Munch-Petersen (The Guilty) e Lars Andreas Pedersen (Ambulancen) cria situações plausíveis para criar tensão. A relação entre os irmãos também é foco e o aprofundamento de quem são esses personagens é correto. O problema é que o texto é muito superficial nos seus diálogos, quase beirando a infantilidade em alguns momentos, que não funcionam como piadas que serviriam para quebrar a tensão.

    O maior problema do filme é a sua duração. O primeiro ato e o final são ótimos, mas o segundo ato é arrastado, pouca coisa acontece e algumas cenas são estendidas de maneira demasiada, uns 30 minutos a menos seria ótimo para a projeção que no meio do filme perde a urgência, tornando o filme quase que um passeio por Los Angeles. A montagem também peca em alguns momentos e apresenta algumas cenas desconexas, que podem causar alguma confusão temporária no espectador.

    Universal Pictures/ Divulgação

    O som e a mixagem são ótimos e bem executados em cada cena. Os efeitos especiais em grande maioria são funcionais e o uso de efeitos práticos é excepcional. Os grandes astros do filme cumprem seu papel à risca e convencem. Gyllenhaal é talvez quem destoa mais, seu personagem é apresentado como alguém experiente e que consegue realizar trabalhos desse tipo com sucesso. No filme a situação torna ele quase que em um lunático, que falha em situações que a experiência citada, não permitiria. González é o coração e grande destaque do filme, construindo uma personagem que carrega toda carga dramática do filme.

    Ambulância: Um Dia de Crime é um filme frenético de Michal Bay e que tem a assinatura do diretor do início ao fim. Os fãs de seus trabalhos vão amar essa produção e quem não for vai conhecer melhor o motivo de Bay ser considerado o rei das explosões e das cenas de ação em Hollywood.

     

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