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    Crítica | Amizade de Férias

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    O Star+ estreou no Brasil e já lançou o seu primeiro filme exclusivo na plataforma, se trata da comédia Amizade de Férias. A obra narra as desventuras de Marcus e Emily que fazem amizade com um casal festeiro, Ron e Kyla, em um resort no México. Vivendo o momento, o casal normalmente equilibrado se liberta para desfrutar de uma semana de diversão desinibida e libertinagem com seus novos “amigos de férias”. Meses depois de sua caminhada pelo lado selvagem, Marcus e Emily ficam horrorizados quando Ron e Kyla aparecem sem serem convidados em seu casamento, criando o caos e provando que o que acontece nas férias, não necessariamente fica nas férias.

    A trama não é original, nem o modo como a trama é contada. Mas o elenco, a química entre eles e as piadas apresentadas (na maioria) são boas e valem a pena. A comédia é politicamente incorreta, tudo aqui é motivo para piada e os mais puritanos podem não gostar do enredo e das situações apresentadas. O roteiro escrito pelo trio Clay Tarver (Perseguição 2), John Francis Daley (A Noite do Jogo) e Jonathan M. Goldstein (Quero Matar Meu Chefe) aposta em situações pastelonas, exageradas e previsíveis. A trama até que apresenta um plot twist interessante, mas a originalidade do texto termina nisso. O cenário escolhido pelo diretor Clay Tarver é repetitivo e sem graça, a trama se passa no México mas nada do local aparece, parece que filmaram 80% no estúdio. As cenas que usam CGI são pra lá de artificiais e sem criatividade, mas isso não prejudica a trama. Outra falha da trama é a montagem, que não consegue intercalar bem as cenas, os cortes levam os personagens daqui pra lá sem muita cerimônia, às vezes de modo abrupto (não é algo constante, mas quando acontece desagrada). O grande destaque é o elenco e a sua química.

    A interação entre os personagens e os conflitos de personalidades, são hilários. Lil Rel Howery (Free Guy) , Yvonne Orji (Insecure), John Cena (O Esquadrão Suicida) e Meredith Hagner (Palm Springs) constroem personagens divertidos, cada um dentro de suas características. Hagner brilha no papel de sua personagem sem filtro pra lá de amorosa e cheia de boas intenções, mas a dupla Howery e Cena tem os melhores momentos e piadas da trama. É divertido ver a relação entre eles e a crescente dinâmica que se instaura entre a dupla. Já o elenco coadjuvante, destoa. Os roteirista estabeleceram que o pai de Emily é um homem importante que desaprova o futuro genro. O irmão dela também odeia o futuro cunhado. O motivo? algo trivial. Os pais de Marcus aparecem e desaparecem de modo incoerente. Esses personagens poderiam servir como “lenha para a fogueira” da trama, mas são desperdiçados. Sorte a nossa que o elenco principal da conta do recado.

    Amizade de Férias tem uma estrutura episódica previsível, mas mesmo assim consegue entreter com seu estilo non-sense. O quarteto de protagonistas está inspirado e a química entre eles é ótima. Assista sem compromisso e se divirta!

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