ter, 29 julho 2025

Crítica | Amores Materialista

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Amores Materialistas encarna as comédias românticas dos anos 90/2000 que trabalhavam essa ideia de escolha da protagonista. Mas a grande diferença está em escolher um caminho um pouco mais desconstruído e focar na grande raiz do problema: o amor. O longa dá uma atualizada nesse clássico dilema da moça dividida entre duas paixões e trabalha a ideia dos benefícios e problemas. Enquanto temos seu encontro com um homem bem resolvido, rico, boa pinta e com inúmeras possibilidades para sua companheira viver uma boa vida. Já do outro lado, temos uma antiga paixão, lutando ainda para construir sua vida e se estabilizar financeiramente, porém a química é inegável e os sentimentos são os mais puros possíveis. São esses dilemas que Celine Song vai trabalhar em seu filme para botar na mesa e perguntar: o que realmente importa nos dias de hoje?

A diretora faz um resgate logo no início do filme, numa época onde não existia civilização, apenas o início da vida. Uma cena em que o amor puro prevalece, os gestos, os toques e o sentimento resumem como o amor é simples, mas também complexo aos olhos humanos. É algo que será resgatado ao final do filme e confirma a ideia que o longa quer passar dessa mística da paixão que muitas vezes não existe explicação, ela apenas existe.

O problema está um pouco no balanceamento dos acontecimentos do filme. O trio principal entrega em questão de charme e beleza, porém acaba devendo bastante na hora da emoção, de passar peso em momentos que o texto exige mais de seus personagens. Talvez a limitação dos atores acabe atrapalhando, ninguém de fato entrega algo muito vivo. Apesar das semelhanças com os tempos atuais.

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E existe uma subtrama envolvendo uma das clientes da Lucy a um acontecimento caótico em um dos seus encontros, que acaba afetando o trabalho da protagonista e seu entendimento sobre relações. Apesar da boa ideia, essa parte passa uma sensação descolada da trama, o peso que é retratado em tela não combina com o tom restante do longa. Assim, acaba sendo apenas passageiro essa história pro restante do filme.

E a discussão envolvendo o que realmente importa nos dias de hoje envolve de forma interessante a mente da protagonista, pega um pouco dessa lógica de método em seu trabalho e mistura com suas escolhas. Tem toda a questão do match perfeito em seu trabalho envolver status, riquezas e aparência física, porém o filme vai acabar colocando em questão o real preço de tudo isso: o amor/o sentimento puro de uma pessoa pela outra. Então, a diretora vai acabar brincando com a Lucy vivendo os dois mundos e ao final do filme escolher qual pessoa pertence de fato, ao melhor estilo comédias românticas de antigamente. Mas com uma adição, demonstrar em tela até onde estamos dispostos a se adaptar, se esforçar e se entregar para sua alma gêmea.

Amores Materialistas traz boas ideias envolvendo o amor moderno combinado com a direção de Celine Song. Mas não é o suficiente para disfarçar o tom frio e até sem muito peso que o longa transmite envolvendo seus personagens com pouco desenvolvimento. Por sorte, o carisma do triângulo amoroso traz as semelhanças necessárias com o mundo atual.

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