dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Anderson Spider Silva – episódios 1 e 2

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      Talvez seja difícil encontrar algum brasileiro que nunca tenha ouvido falar de Anderson Silva. O lutador foi um fenômeno no esporte a partir da segunda metade dos anos 2000 e se tornou um símbolo nacional dentro do MMA. Agora, já aposentado e com uma história para contar, Silva produz sua própria série, inspirada na sua juventude e carreira, trazendo um olhar muito atual e, de certa forma, universal, sobre os elementos que formaram Silva para ser a pessoa que é, partindo de um lugar onde tantos outros brasileiros podem se relacionar.

Anderson Spider Silva inicia acompanhando a adolescência de seu protagonista, ainda um jovem briguento, com dificuldades para se encontrar mas já cercado de uma família que o apoiava apesar das dificuldades. A série neste ponta já cria paralelos entre esse momento anterior da vida de Anderson e seu futuro glorioso, mas sempre pautado pelo signo da luta, tanto de forma figurativa quanto literal.

O programa ainda consegue força no seu elenco para intensificar o efeito dramático que pauta essa primeira metade, William Nascimento, Tatiana Tiburcio, Seu Jorge e companhia encontram equilíbrio entre momentos de leveza e angústia para apresentar performances que dão corpo à construção desses personagens em tela. Por mais que Anderson seja a estrela do show, existe um esforço para caracterizar as pessoas ao seu redor de forma digna e também interessante. Mesmo longe do cenário de lutas a série consegue se sustentar perfeitamente em seus diálogos, na entrega dos atores e na qualidade de sua produção.

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É interessante no entanto que mesmo que a trajetória de Anderson até o MMA só seja abordada no segundo episódio, a série ainda pareça um pouco apressada ao lidar com essa progressão. O sentimento que fica é de que talvez esse segundo episódio poderia permitir sentir um pouco mais os problemas da vida adulta de Anderson pré MMA, mas é compreensível, inclusive pelo número de episódios relativamente curto para dar conta de uma história tão interessante, que alguns elementos fossem sacrificados em função do correr da história num geral.

O fato é que independente do ritmo acelerado, Anderson Spider Silva tem força em sua primeira metade para convencer na seriedade de sua proposta, e tem potencial para entreter e gerar simpatia de maneira honesta com a história que guia esse programa. Fica agora a esperança de que o conjunto destes 5 episódios mantenha o alto nível até o fim.

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Fabrizio Ferro
Fabrizio Ferrohttps://estacaonerd.com/
Artista Visual de São Paulo-SP
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