A sinopse de Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna diz: JJ (Dave Bautista), um ex-soldado das Forças Especiais que virou agente da CIA, está de volta em uma nova missão. Desta vez, ele acompanha Sophie (Chloe Coleman), agora uma adolescente, em uma excursão do coral da escola para a Itália. O resumo sem graça, já é um (péssimo) indicativo, do que a sequência do sucesso de 2020 nos reserva.
Se no primeiro filme Dave Bautista (Blade Runner 2049) e Chloe Coleman (Coquetel Explosivo) formaram uma dupla cativante, num filme voltado ao público infantil, que divertia também os adultos. O mesmo não se pode falar da sequência que parece ter sido feita com as primeiras ideias dos roteiristas Erich Hoeber, Jon Hoeber (Red – Aposentados e Perigosos) e Peter Segal (Golpe Baixo), que também estreia na direção.
O filme não aproveita o talento do seu elenco e cria diálogos pavorosos, além de situações esdruxulas que não tem sentido. Quando parece que o filme vai engrenar, a direção atrapalha tudo e interrompe o que estava sendo bem desenvolvido. Muitos temas tentam ser o fio condutor da trama principal: relação entre pai e filha, questões sobre real vocação, amadurecimento, triângulo amoroso… São tantas ideias jogadas, que fica difícil ver o desenvolvimento de uma delas e o que vemos é bagunça cinematográfica. No elenco Bautista até tenta criar humor, improvisando algo ou espremendo o texto que lhe é oferecido, mas o ator não consegue criar muita coisa boa. Coleman é carismática, mas nem isso ajuda na química da dupla, que era o ponto forte do primeiro filme.
Cidade Eterna até tem cenas de ação, que funcionam melhor do que as do primeiro filme. Mas tudo que rodeia elas é muito fraco. Nas cenas de ação os destaques ficam para a vista na abertura e uma perseguição de carro bem executada no ato final. No mais, o que vemos neste filme é algo repetitivo e reciclado de outras produções do gênero.
Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna é um filme fraco, que desperdiça seu divertido e carismático elenco, pondo os atores em situações que não levam a lugar nenhum. Mais sorte para a dupla de protagonistas, numa futura sequência.