seg, 18 março 2024

Crítica | Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

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Ele já enfrentou criminosos, monstros, mercenários, terremotos e no último semestre, derrotou um videogame maligno (Jumanji: Bem-vindo à Selva) e um crocodilo gigante (Rampage: Destruição Total). De quem estou falando? Dele Dwayne “The Rock” Johnson que no seu novo filme, que estreia quinta feira (dia 12/07), vai encarrar… Rufam os tambores… Um prédio! Em chamas! Com um monte de bandidos! Pura emoção né? Nem tanto!

Em Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, The Rock é um ex-líder de operações de resgate do FBI, que é acusado de ter colocado o edifício mais alto e mais seguro de Hong Kong em chamas. Cabe a ele achar os culpados pelo incêndio, salvar sua família que está presa dentro do prédio e limpar seu nome. Prepare-se para cenas repletas de ação, fogo, muitas regras da física sendo ignoradas e eu falei que tem muito fogo?

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O problema maior do filme é a sua trama cheia de excessos, que em momento algum faz com que nos importemos com o que é visto na tela e muito menos com os personagens. Quer um exemplo disso? Em uma cena inicial o nosso herói entrega um PowerPoint (muito mal feito, diga-se de passagem) sobre a segurança do arranha céu, onde ele basicamente diz “sua segurança é ótima”, uma coisa terrível considerando o que vem a seguir, após a apresentação é feito um tour ambicioso (e inútil), ao andar superior do mega edifício que tem uma tecnologia que faz com que as paredes e o chão da sala se transformem qualquer cenário. É um visual bacana e uma desculpa bastante óbvia para preparar o palco para os momentos finais da trama.

O roteiro deixa muito a desejar, muita coisa acontece ao mesmo tempo e não dá tempo de você absorver nada: traição, perseguição, vilões misteriosos, fogo, complicações, guindaste, prédio em chamas. Ufa! Muita coisa pra pouco tempo. Pra piorar Johnson (leia o roteiro do filme) ignora todas as leis da física. Ele escala a metade do comprimento do edifício em questão de minutos, balança através de algumas barras enquanto o chão encolhe abaixo de seus pés, e percorre uma distância impossível para pular e (pasmem) atravessar uma janela quebrada. Para ressaltar a pura fantasia dessa sequência, o roteirista e diretor Rawson Marshall Thurber (Família do Bagulho) corta para uma multidão abaixo, que assiste à cena se desenrolar em uma tela gigante de televisão (oi?). Em resumo o filme tenta ser um Missão Impossível com esteroides e fracassa.

O elenco escalado é muito mal aproveitado. Neve Campbell (A eterna Sidney Prescott de Pânico) é basicamente a esposa e mãe estereotipada, tem até um momento de destaque no fim, mas coisa pouca. Os vilões são tão caricatos e mal desenvolvidos que nem vale a pena citar aqui os atores que dão vida a esses personagens. Ng Chin Han (Marco Polo), Byron Mann (Absolvido) e Elfina Luk (O Amor Acontece) estão no filme pra cumprir a cota de asiáticos do filme. The Rock tenta, pula, corre, mas não consegue levar muito longe o filme sozinho.

Os efeitos especiais são bem feitos (as cenas com fogo em especial), o visual do arranha-céu também é bem construída. A cena final deixa um pouco a desejar nos efeitos e execução. O 3D é inexistente.

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Em resumo, Arranha-Céu: Coragem Sem Limite é um filme de ação clichê, com algumas boas cenas e um ator extremamente carismático. Se isso for o suficiente para você, confira no cinema. Caso contrário passe longe e espere ele sair em dvd.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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